Publicado em: 10 fev 2014

‘Henrique sempre fez tudo direitinho e certinho’, diz mulher de Pizzolato

1391980986999-pizzolatoA mulher do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Andrea Haas, afirmou à revista IstoÉ deste fim de semana que a decisão de fugir do Brasil para a Itália foi tomada depois que ela e o marido descobriram que não havia mais saída jurídica ao mensaleiro.

Andrea questionou também a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) pela condenação dos réus e sugeriu que houve excessiva espetacularização do julgamento do mensalão.

Andrea negou que seu marido, quando era dirigente do BB, tenha desviado os R$ 73 milhões do fundo Visanet para abastecer o esquema de compra de votos no Congresso — principal argumento dos ministros para a condenação de Pizzolato.

— [O Henrique] sempre fez tudo direitinho e certinho. É um sujeito organizado. Você pode ver a história dele. De repente ele está preso, acusado de ter desviado R$ 73 milhões do Banco do Brasil…

Para ela, se o desvio de recursos do banco tivesse ocorrido, a própria Visa ou as empresas contratadas teriam reclamado para saber sobre os pagamentos. Além disso, Andrea alega que foram feitas auditorias internas no banco que não comprovaram a fraude.

— Você acha que se tivessem sumido R$ 73 milhões do Banco do Brasil não teria sido aberto um inquérito interno para se apurar o que tinha acontecido?

A mulher de Pizzolato também criticou a postura do PT durante o julgamento. Para ela, o partido “nunca soube enfrentar esse processo de frente” e “deixou-se carimbar”. Quanto ao possível novo julgamento de Pizzolato na Itália, Andrea prevê que o “julgamento político” feito no Brasil não se repetirá.

Pizzolato ainda aguarda um possível pedido de extradição para o Brasil, mas Andrea diz já ver diferenças entre as Justiças italiana e brasileira.

— Na Itália os julgamentos não são televisionados. São feitos por três juízes, a portas fechadas.

Portal do litoral PB com R7




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