‘Henrique sempre fez tudo direitinho e certinho’, diz mulher de Pizzolato
A mulher do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Andrea Haas, afirmou à revista IstoÉ deste fim de semana que a decisão de fugir do Brasil para a Itália foi tomada depois que ela e o marido descobriram que não havia mais saída jurídica ao mensaleiro.
Andrea questionou também a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) pela condenação dos réus e sugeriu que houve excessiva espetacularização do julgamento do mensalão.
Andrea negou que seu marido, quando era dirigente do BB, tenha desviado os R$ 73 milhões do fundo Visanet para abastecer o esquema de compra de votos no Congresso — principal argumento dos ministros para a condenação de Pizzolato.
— [O Henrique] sempre fez tudo direitinho e certinho. É um sujeito organizado. Você pode ver a história dele. De repente ele está preso, acusado de ter desviado R$ 73 milhões do Banco do Brasil…
Para ela, se o desvio de recursos do banco tivesse ocorrido, a própria Visa ou as empresas contratadas teriam reclamado para saber sobre os pagamentos. Além disso, Andrea alega que foram feitas auditorias internas no banco que não comprovaram a fraude.
— Você acha que se tivessem sumido R$ 73 milhões do Banco do Brasil não teria sido aberto um inquérito interno para se apurar o que tinha acontecido?
A mulher de Pizzolato também criticou a postura do PT durante o julgamento. Para ela, o partido “nunca soube enfrentar esse processo de frente” e “deixou-se carimbar”. Quanto ao possível novo julgamento de Pizzolato na Itália, Andrea prevê que o “julgamento político” feito no Brasil não se repetirá.
Pizzolato ainda aguarda um possível pedido de extradição para o Brasil, mas Andrea diz já ver diferenças entre as Justiças italiana e brasileira.
— Na Itália os julgamentos não são televisionados. São feitos por três juízes, a portas fechadas.
Portal do litoral PB com R7
Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter