Gabriel Jesus empolga palmeirenses, mas avisa: ‘Não sou Neymar’
“Glória, glória, aleluia, é Gabriel Jesus”, foi o grito que ecoou pelas arquibancadas da arena do Palmeiras neste domingo. Protagonista nas vitórias desta semana sobre Cruzeiro e Joinville, o atacante de 18 anos, formado na base do Palmeiras, já caiu nas graças dos torcedores e também dos companheiros de elenco. Mas Gabriel Jesus conteve a empolgação com a boa fase (marcou quatro gols e distribuiu uma série de dribles nas últimas duas partidas) e dispensou as comparações com o maior craque brasileiro.
“Neymar é só um, é fora de série. Não tem nenhuma comparação. Só venho trabalhando e mostrando o meu futebol”. Gabriel, que joga com a camisa 33 (em alusão à idade que Cristo tinha quando foi morto, segundo a Bíblia), disse ter se surpreendido com a música cantada pelos cerca de 29.000 torcedores presentes no jogo contra o Joinville. “Ouvi, não entendi muito, mas fiquei muito feliz de ter o nome gritado. Estou feliz de verdade”, sorriu, ainda com jeito de adolescente, negando qualquer possibilidade de deslumbramento.
“Tenho amigos e uma família muito boa. Minha mãe, meu irmão, meus sobrinhos me ajudam muito. Sou um garoto muito tranquilo, não gosto de ficar saindo, prefiro ficar em casa. Se tiver euforia, minha mãe está ali para puxar a orelha e me fazer retomar o caminho. Ela é uma mulher muito brava, guerreira, criou a mim, meus três irmãos e dois sobrinhos. Ela é meu ídolo, tenho orgulho de tê-la como mãe”, declarou o atleta, que é órfão de pai. De contrato renovado até o final de 2019, Gabriel Jesus revelou o desejo de se tornar um ídolo no clube e negou o desejo de jogar na Europa no momento. “Meu projeto de carreira é o Palmeiras, só penso nisso”.
O técnico Marcelo Oliveira também festejou mais uma grande atuação do atacante, mas pediu paciência. “Tenho uma preocupação em relação ao crescimento do Gabriel. Ele vai fazer muito mais ainda à medida que ganhar confiança. Às vezes ele é ansioso nas jogadas, mas tem um potencial imenso. Eu trabalhei na base muitos anos e temos de colocar o atleta gradativamente, não pode ser de uma vez. Em relação à mídia, torcida, é inevitável a euforia. Temos de mostrar que é assim quando as coisas vão bem”, comentou.
Gabriel Jesus deixou a partida contra o Joinville com câimbras, mas deve estar à disposição do treinador para a partida desta quarta-feira, contra o Goiás, no Serra Dourada, marcada para as 22h (de Brasília).
com Estadão Conteúdo e Gazeta Press
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