Funjope faz balanço das ações realizadas ao longo de 2021 em prol da valorização da cultura
O ano de 2021 foi marcado por muitos desafios trazidos pela pandemia da Covid-19. Isolamento social, escolas e comércio fechados, eventos suspensos, população assustada, artistas em dificuldades. Tudo parou. Foi um ano difícil, de incertezas e sofrimento para todos. Porém, em meio ao caos trazido pela doença, a Prefeitura de João Pessoa, através da sua Fundação Cultural (Funjope), conseguiu realizar uma série de ações em prol da cultura da cidade firmada no diálogo e na criatividade.
“O fundamental, nesse ano de dificuldades e de superação, é que construímos um novo posicionamento da Funjope na sociedade e junto à comunidade de artistas”, ressaltou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele avaliou que a Funjope hoje é um espaço que promove a produção, criação, circulação dos bens culturais que garantem segurança e dignidade para os artistas contratados. Foi estabelecido um vínculo, a partir do diálogo intenso com a comunidade de artistas, produtores e profissionais da cultura, de forma bastante presente. “E é nesse processo de construção do diálogo que todos podemos comemorar as conquistas importantes da Fundação e dos artistas de João Pessoa”, acrescentou.
Aos poucos, os obstáculos foram vencidos e, nesse primeiro ano de gestão, a Prefeitura comemora essas conquistas. Uma delas foi o Programa de Apoio Emergencial à Cultura, voltado aos artistas e profissionais da cultura que pararam as atividades durante a pandemia, com uma ajuda no valor de R$ 600 para cerca de 1.150 pessoas, totalizando R$ 780 mil em recursos próprios.
Outra conquista foi a criação do Sistema Municipal de Cultura (SMC), e a Fundação celebra ainda as parcerias firmadas com o Polo de Audiovisual da Zona da Mata de Cataguases (MG) e com o Cinema do Brasil, que promove o cinema brasileiro no mercado internacional. A parceria com o Belas Artes Grupo resultou na participação de filmes paraibanos em festival lançado no dia 5 de agosto, aniversário da cidade.
Outra parceria para o segmento foi com o Ventana Sur, dando início a um projeto de internacionalização do cinema de João Pessoa. A Prefeitura investiu R$ 1,2 milhão, em recursos próprios, no audiovisual da cidade, por meio do FMC, e apoiou ainda o Festival Aruanda.
Ao longo do ano, foram realizadas ações na Casa da Pólvora relacionadas a 28 editais do ano de 2019. Assim, o governo municipal honrou o compromisso com esses artistas de literatura, dança e teatro, que se apresentaram durante finais de semana no projeto Barril de Cultura.
Foi lançado – e já concluído – o primeiro edital de literatura em quase uma década, o Prêmio Literário Políbio Alves, que homenageou o artista em vida. Outro também finalizado foi o edital Josenildo Suassuna de Arte Naif, que recebeu inscrições de artistas de todo o Brasil.
O escritor Ademilson José foi um dos vencedores e garante que a importância do prêmio não é só pessoal. “A maior importância do prêmio não é essa que a gente recebe. Ele é importante para a cultura e para a literatura de João Pessoa, sobretudo na medida em que ele se repete. Não foi um prêmio que eu recebi, mas a cultura da cidade”, declarou.
No mês de junho, não houve festa de rua, mas o São João virtual atraiu milhares de internautas com as lives da apresentação das quadrilhas, assim como também aconteceu com a Festa das Neves.
Diálogo e humanização – Durante o ano, foi intensificado o diálogo com os diversos fóruns de cultura, com o Conselho Municipal de Cultura, dentro do Sistema Municipal de Cultura. Inclusive, foram realizadas mais de 20 consultas públicas para debate sobre o uso do recurso da Lei Aldir Blanc.
Foi firmada, inclusive, parceria com a Central Única de Favelas (Cufa) para levar os editais da Lei Aldir Blanc até as comunidades que mais precisam. Foram criados novos editais para reutilização de R$ 1,8 milhão, recurso remanescente da LAB.
Diante do cenário assustador da pandemia, a Funjope levou um pouco de humanização aos pontos de vacinação da Covid-19. Artistas que estavam afastados de suas atividades puderam voltar a se apresentar por um breve momento, tornando a espera menos tensa.
E mesmo em meio a uma pandemia, a Prefeitura anunciou a criação da Companhia Municipal de Dança de João Pessoa, que estreou no último dia 17. A iniciativa recebeu elogios de nomes como Carlinhos de Jesus, Deborah Colker e Ana Botafogo.
Atividades presenciais – O retorno às apresentações com a presença do público foi marcado pelo lançamento do projeto Sol Maior, que leva música e cultura todas as sextas-feiras ao Hotel Globo, no Centro Histórico. A Funjope abriu diversas exposições ao longo do ano de 2021 em seus equipamentos: Casa da Pólvora, Galeria Casarão 34 e Hotel Globo.
Também foram realizadas atividades culturais no Centro Cultural de Mangabeira Tenente Lucena. Já o Pavilhão do Chá se tornou cenário para o projeto Rota das Letras, que reúne em um só evento música, teatro, artesanato e literatura.
No Parque Arruda Câmara (Bica), foi realizado o projeto ‘Vem Brincar Comigo’, uma iniciativa com o objetivo de proporcionar a integração da educação, cultura e meio ambiente. Em alusão ao Mês da Consciência Negra, a Funjope organizou a Feira de Empreendedorismo Pretas e Pretos, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest).
Outro destaque foi o Troféu João Balula, que contemplou cinco lideranças de áreas distintas da cultura de João Pessoa. A entrega aconteceu durante o Seminário Política de Igualdade Racial, realizado na Fundação Casa de José Américo.
Em memória ao Arcebispo Emérito da Paraíba, a Funjope realizou a exposição ‘Tributo a Dom José Maria Pires’, na Galeria Casarão 34. Em parceria com a Secretaria de Educação (Sedec), lançou a cartilha ‘O que é o Forró’, de Sandrinho Dupan e Ivan Dias, que será utilizada em sala de aula nas escolas públicas municipais.
Encerrando as atividades de 2021, a Funjope elaborou uma programação em torno do Natal dos Sentimentos, envolvendo apresentações culturais no Parque da Lagoa, na Praça da Independência e ainda nas igrejas com o programa ‘Música na Igreja’, executado por membros do Quarteto de Cordas e do Quinteto de Sopro, ambos da Orquestra Sinfônica de João Pessoa. Na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, aconteceu a Cantata de Natal, encerrando a programação de Natal com música e encenação do espetáculo ‘Canto ao Menino Deus’.
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