Publicado em: 4 set 2014

Filha ajuda a prender pai foragido da Justiça; VEJA!

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Depois de 18 anos convivendo com a dor de ter crescido sem a presença da mãe, assassinada em Campina Grande em fevereiro de 1996, a estudante de Direito Julianne Maracajá, 20 anos, conseguiu localizar e fazer com que fosse preso o homem acusado de praticar o homicídio. Jurandir Teodósio de Souto, 48 anos, é pai da jovem e foi localizado em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, depois que a estudante passou a investigar sua vida para encontrá-lo.

Jurandir, que em 2009 foi condenado pela morte de Rute Patrícia Maracajá, na época com 23 anos, estava foragido desde o dia do crime e se entregou na última sexta-feira, conforme informação da polícia de Ceilândia. Ele se entregou após saber que tinha sido localizado pela filha.

Em conversa com a reportagem, Julianne relatou que tinha um ano de idade quando a mãe foi assassinada pelo pai, em frente a casa de uma vizinha. “Eu cresci com um sentimento de injustiça pelo estrago que ele fez na minha vida e na dos meus dois irmãos, e sempre falava que eu ia fazer justiça. Há 3 meses eu soube que mesmo foragido, ele foi julgado, em 2009, e condenado a 22 anos de prisão pelo crime aqui em Campina, então comecei a investigar a vida dele para localizá-lo”, explicou.

Sem nenhuma pista sobre o paradeiro do pai, a jovem começou as buscas pela cidade de Cubati, no Seridó paraibano, onde Jurandir nasceu. Durante os três meses de investigação até chegar ao pai, que casou novamente, teve dois filhos e se tornou evangélico, ela levantou pistas na internet.

“Contei com a ajuda de pessoas que nem me conheciam, que se sensibilizaram com a história. Para chegar até ele falei até com um dos filhos dele através do Facebook, usando o nome de uma prima. Consegui uma foto, e ao ter certeza que era ele, falei com o pastor da igreja dele, que me deu o endereço, mas contou a história para o Jurandir. Consegui um mandado de prisão no Fórum de Campina, mandei para lá, e a polícia ficou tentando cumprir, mas nunca o encontrava. Soube que ele se escondeu na casa de parentes, dizendo que precisava de um tempo para se entregar, mas ele só se entregou porque fiquei pressionando a família”, disse.

Com o pai preso, a jovem se diz aliviada. “Ele não só matou minha mãe, como teve a coragem de colocar o nome dela na filha que teve em Brasília e de dar o nome do meu irmão para o outro filho. Se eu não podia trazer ela de volta, eu queria pelo menos fazer justiça”, disse.

Portal do Litoral PB

Com Jornal da PB




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