Publicado em: 6 maio 2015

Ex-portadora de câncer, baiana de 120 anos pode ser a mais velha do mundo

Uma baiana de 120 anos pode ter se tornado a mulher mais velha do mundo. Isso porque Dona Eurides Fagundes, que mora em uma casa de apoio em Salvador, desbancou a idosa que ostentava o título, a japonesa Misao Okawa, que morreu aos 117 anos, em abril.

Lúcida, Eurides, batizada carinhosamente de ‘Vovó’, já não consegue caminhar sozinha, mas a cabeça ainda funciona muito bem. Ela nasceu em Salvador no dia 6 de dezembro de 1894, como confirma uma certidão de nascimento emitida por um cartório da capital. O documento original foi substituído por outro há 18 anos.

Dona Eurides passou a juventude no interior da Bahia e teve apenas um companheiro. Ficou pouco tempo com ele e não teve filhos. “Era pedreiro. Caiu de um andaime e morreu. Chamava Manoel Ramos”, lembra a idosa, que não se casou de novo após a morte do marido.

Quando jovem, ganhava a vida trabalhando como empregada doméstica. Atualmente, é a mais velha paciente de uma casa de apoio a pacientes com câncer, que fica em um bairro popular da capital. No local, vive há 18 anos.

Ela chegou ao abrigo doente, com câncer no intestino, mas se curou e, depois, foi adotada pela casa de apoio. Na época, pelo registro de nascimento, já era centenária, mas ninguem imaginava que ela pudesse chegar tão longe.

A saúde da idosa vai bem, mas a alimentação tem de ser controlada. “Gosto de comer peixe, negócio de marisco, caranguejo, siri. [Mas] aqui não come”, diz. Quando perguntada até quando pretende viver, Eurides responde de forma simples: “Jesus que sabe”.

Para a equipe da casa de apoio, o mais importante é poder conviver e aprender com a vovó, que, segundo os cuidadores, ainda tem muito a ensinar. “O carinho que ela passa para a gente, a paz. A paz é fundamental”, destaca a cuidadora Maria Helena Cardoso.

Portal do Litoral PB

Com G1



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