Publicado em: 30 maio 2016

Estupro de jovem de 16 anos no Rio “está provado”, diz delegada

Coletiva de imprensa dos investigadores da polícia Civil responsáveis pelo caso de estupro coletivo de uma menor no Rio

A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), afirmou categoricamente nesta segunda-feira que há provas suficientes de que a adolescente de 16 anos foi vítima de estupro. Em coletiva de imprensa, a delegada confirmou que o resultado do exame de corpo delito, feito tardiamente, não aponta indícios de violência, mas que isso não é determinante para atestar a ocorrência do crime.

“Na minha convicção, houve estupro. Está lá no vídeo mostrando o rapaz manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero provar agora é a extensão desse estupro, quem o praticou e quantas pessoas praticaram, uma, dez, ou trinta e três”, disse a delegada, que assumiu ontem a condução do caso, no lugar de Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), criticado pela jovem.

O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, corroborou a declaração da delegada, dizendo que os vestígios do abuso podem ter se perdido com o tempo. “Não recolhemos os indícios de violência. Isso não quer dizer que não houve. O laudo só não pode concluir tecnicamente. Os vestígios se perderam e essa não colheita [de provas] pode ter acontecido por causa do tempo que passou”, afirmou Veloso. Da ocorrência do crime até a realização do exame, passaram-se cinco dias, segundo

A perita do Instituto Médico Legal (IML) Adriane Rego explicou os motivos pelos quais os indícios de violência podem não ter sido detectados na perícia. Segundo ela, o próprio organismo destroi os espermatozoides em até 72 horas após o ato sexual. Outro fator é que a vítima estava desacordada na hora do crime e, por isso, não ofereceu resistência.

Com Veja



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