Escola do presídio Sílvio Porto conquista seis prêmios em concurso nacional de redação
A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap), por meio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Graciliano Ramos”, instalada na Penitenciária Sílvio Porto, conquistou seis prêmios em quatro categorias no 6º Concurso de Redação promovido pela Defensoria Pública da União (DPU). Foram quatro primeiros lugares, um segundo e um terceiro lugar. A educação nos presídios é resultante de parceria entre a Seap e a Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia.
O tema do concurso nacional de redação 2020 foi “Entre o céu e o asfalto: onde está a dignidade das pessoas em situação de rua?”. A escola Graciliano Ramos inscreveu seus alunos privados de liberdade de diferentes ciclos, além do seu diretor, e foi vencedora no estado da Paraíba. Seis alunos e quatro professores orientadores foram premiados. O concurso de redação DPU 2020, em virtude da pandemia da Covid-19, só agora pôde divulgar o resultado final. Em todo o Brasil foram cerca de 29 mil redações inscritas.
Vencedores – Na categoria I (alunos do 6° ao 9° ano do EJA), o 1° lugar ficou com T.S.S. / Professora orientadora: Rosana de Luna Feire.
Na Categoria III (alunos do Ensino Fundamental e do 1° ao 3° ano do Ensino Médio, em cumprimento de medida socioeducativa), o 1° lugar foi J.C.P. / Professor orientador: Osman José de Oliveira Matos.
Na Categoria IV (alunos do 6° ao 9° ano e do 1° ao 3° ano do EJA – privados de liberdade no Brasil), 1° lugar foi conquistado pelo aluno G.J.T. / Professora orientadora: Maria de Fátima Campos da Silva; 2° lugar aluno H.C.C. / Professora orientadora: Maria de Fátima Campos da Silva; 3° lugar: aluno R.A.F.M.C.F. / Professora orientadora: Maria de Fátima Campos da Silva.
Na Categoria VI – (Servidores do sistema socioeducativo e do sistema penitenciário de todo o Brasil, inclusive do Sistema Penitenciário Federal) 1° lugar no Brasil, ficou com o policial penal e diretor da Escola Graciliano Ramos, Breno Cavalcanti Cunha / Professor orientador: Osman José de Oliveira Matos.
O secretário de Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca, comemorou os excelentes resultados: “Investir em atividades educacionais em nossas cadeias e presídios é um dos três pilares do Planejamento Estratégico da Seap. Acreditamos que a reinserção social de pessoas privadas de liberdade somente é possível com as ferramentas imprescindíveis que a educação oferece. A premiação que a Escola Graciliano Ramos acaba de ganhar, incluindo reeducandos, é a prova que o governo João Azevêdo está no caminho certo com políticas públicas para pessoas que cumprem pena, mas que querem uma segunda chance na sociedade. Parabenizo a todos os vencedores do concurso de redação da Defensoria Pública da União”.
“O Programa A Leitura Liberta, recentemente lançado, é a prova desses importantes investimentos que irão amplificar esses resultados nas futuras edições, contribuindo com o processo de reinserção social em nosso estado, por meio das práticas educativas”, disse João Rosas, gerente executivo de Ressocialização da Seap.
O policial penal e diretor da Escola Graciliano Ramos, Breno Cavalcante, assim comemorou seu primeiro lugar nacional: “Nada na nossa caminhada é por acaso, mas sim o resultado de um conjunto de ações que desencadeiam consequências. Assim foi o Concurso de redação do DPU de 2020, trouxe visibilidade para nossos alunos, privados de liberdade, que puderam expressar em suas redações não uma ficção, mas o reflexo de suas histórias”.
“É gratificante saber que tivemos alunos, professores, gestor policial penal, da escola EEFM Graciliano Ramos da modalidade de ensino Jovens e Adultos-EJA. A aprovação servirá de incentivo para que outros alunos participem do concurso”, declarou Eliane Maria Aquino, coordenadora estadual da Educação nas Prisões, da Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia (SEECT).
Premiação – Dentre os prêmios os vencedores do 6º Concurso de Redação da DPU receberão vídeogame Sony Playstation 4, SmartPhone Xiaomi 64 GB, tablet e câmera digital. Os reeducandos não poderão receber os prêmios, pois são apenados. Os prêmios serão entregues a seus familiares.
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