Em um ano, Talisca vai de sensação brasileira na Europa a decepção
Um ano atrás, Anderson Talisca tinha seu nome ligado a possíveis transferências para Chelsea, Liverpool, Manchester United e Tottenham e havia acabado de ser convocado pela primeira vez para a seleção brasileira principal.
Hoje, os interessados em seu futebol são outros. Cruzeiro, Grêmio e Flamengo sondaram o Benfica a respeito de um possível empréstimo do meia. E nem mais para a seleção olímpica ele vem sendo chamado.
Em 12 meses, o ex-jogador do Bahia deixou de ser uma das novas sensações do futebol europeu para se tornar mais um jovem de pouco destaque e que pode ser repatriado.
Os gols, que despertaram a atenção de alguns dos maiores clubes do mundo pelo brasileiro, secaram.
Na primeira metade da temporada passada, seu primeiro semestre no Benfica, Talisca balançou as redes nove vezes. Desde então, passou-se um ano, o meia só fez cinco gols –um deles na vitória por 1 a 0 de uma equipe formada basicamente pelos reservas sobre o Oriental, na terça, pela Taça da Liga.
Entre abril e novembro, veio o período de maior seca. Foram sete meses sem um mísero golzinho do brasileiro.
O jejum significou a ida para o banco. O brasileiro, que já havia perdido sua posição no fim da temporada passada, viu seus minutos rarearem ainda mais com a troca do técnico Jorge Jesus, responsável por sua contratação, por Rui Vitória, ex-Vitória de Guimarães.
Somadas as últimas nove rodadas do Campeonato Português, Talisca permaneceu em campo por apenas 34 minutos. Na vitória por 2 a 1 sobre o Estoril, no sábado, entrou aos 44 min do segundo tempo.
E engana-se quem pensa que o brasileiro de 21 anos perdeu espaço no time porque o Benfica fez investimentos pesados e contratou jogadores mais experientes para sua posição.
Um dos volantes titulares do time de Lisboa é Renato Sanches, 18, que foi promovido nesta temporada para o elenco principal. Também em seu primeiro ano como profissional, Gonçalo Guedes, 19, tem atuado com frequência na armação das jogadas.
Em várias entrevistas, o brasileiro culpou o aspecto físico pelo declínio. O primeiro vilão, ainda na temporada passada, foi o fato de não ter tido férias entre a saída do Bahia e a chegada ao Benfica. Depois, veio a falta de ritmo de jogo por não ser tão utilizado quanto antes.
Além disso, o jogador ainda não definiu sua posição em campo. Pode ser segundo volante, um meia criativo ou até mesmo segundo atacante. Tudo depende do técnico, do adversário e das opções que seu clube tem escalar.
Atual bicampeão português, o clube de Talisca ocupa a vice-liderança desta temporada. Tem 43 pontos, dois a menos que o Sporting.
Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter