Publicado em: 12 mar 2015

E agora, quem paga a conta Dona Dilma?

Na última eleição presidencial, o eleitor brasileiro optou em dar continuidade ao governo do PT pela proposta defendida pela presente Dilma de conjugar a retomada de crescimento do pais, manter a política social e garantir os direitos previdenciários e trabalhistas. Mas, parece que o governo esqueceu disso, em apenas 3 meses de seu segundo mandato, a Presidenta Dilma lançou um pacote fiscal, que ela insiste chamar de “ajustes para corrigir distorções”. A questão é que esses “ajustes” vão de encontra ao seu discurso de campanha, onde afirmou  não mexer nos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários “nem que a vaca tussa”.

As medidas provisórias 664 e 665/2014, que entraram em vigência agora no dia 1º de março  de 2015, para “reajustar distorções” nos direitos trabalhistas e previdenciários, como o seguro desemprego, pensão por morte, abono salarial e auxilio doença, não só contribuíram para diminuir os gastos e aumentar os cofres públicos, mas também, e principalmente, diminuir a renda do trabalhador e o fluxo de dinheiro na economia.

Somado a isso, o trabalhador brasileiro conta ainda com o aumento do preço da gasolina, da energia, da água e dos alimentos. Ufa! Brasileiro é guerreiro!!!

Mas para tudo isso, Dilma tem explicação: ” a culpa é da crise externa e da seca”

Dona Dilma, o povo já está cansado, irritado e sem dinheiro no bolso! Protestos e manifestações estão presentes por toda a parte do país: greve dos caminhoneiros, MST, panelaço, xingamentos e vaias.

Não somos contra uma reforma fiscal, política, econômica ou educacional, até porque o que o Brasil mais precisa é de reformas, mas que esses “ajustes” não sejam aplicadas para reduzir a renda dos trabalhadores e garantir os benefícios dos banqueiros, empreiteiras e cobrir o caos da Petrobrás. Que tal reduzir os gastos do governo diminuindo ou eliminando o auxilio paletó dos deputados e senadores ou  o auxilio moradia e bolsa livro dos juízes?

A reforma real que defendemos, é aquela que atenda os interesses da população. Não queremos pagar pelo erros dos outros.

*Paulo Henrique
Professor, Mestre em Relações Internacionais e Bacharel em Economia.




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