Uma pesquisa feita por uma empresa especializada no setor de cannabis apontou que, neste ano, o Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com remédios à base de maconha. O número é recorde, 56% superior ao do ano passado.
Mesmo com a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), produtos à base de canabidiol não são fornecidos pelo SUS em todo o país. Em São Paulo, uma lei estadual garante a distribuição gratuita para algumas doenças: síndrome de Dravet, síndrome de Lennox-Gastaut e complexo da esclerose tuberosa.
No Maranhão, o remédio é distribuído pelo SUS com recomendação de um neurologista ou psiquiatra. No Paraná, também, para casos de esclerose múltipla. Já no Amazonas, uma lei foi aprovada, mas falta a sanção do governador.
Na Paraíba, não há distribuição gratuita, mas uma ONG, em João Pessoa, ajuda pacientes a bancar o tratamento. Há sete anos, eles cultivam a maconha legalmente para produzir os remédios em escala industrial. Já são mais de cinquenta mil associados.