Publicado em: 20 jan 2015

DIAS SOMBRIOS

 

                                                                                                                                  MARCOS SOUTO MAIOR (*)

                A violência incontida nas carnificinas em todo o mundo, muito embora registradas pela História Mundial, mantendo sérios efeitos na população do Globo Terrestre, sabe e ainda hoje abrir os olhos para ver filmes, fotos, telas pintadas, estátuas, descrições, depoimentos, livros e demais instrumentos utilizados para conhecimento dos efeitos da exploração do homem pelo homem. Eis que, se torna perigoso deixar cair no criminoso esquecimento, desejos soberbos nas cabeças de comandantes dos países transformadas em destruidoras máquinas que matam impiedosamente.

Os chineses, nos idos de dezembro de 1937, foram tomados de assalto a importante Nanquim, que era a capital chinesa. Na verdade, fora um assassinato em massa, estupros e saques em todos os sentidos, cerca de centenas de milhares de civis chineses e combatentes desarmados foram mortos pelo Exercito Imperial Japonês. De “crimes de guerra”, mais tarde o Tribunal Militar Internacional para o extremo Oriente, foram culpados pelo massacre.

Chama atenção especial, as centenas de judeus que conseguiram escapar do holocausto, driblando as ordens aos soldados alemães das câmaras de morte do gás do extermínio nos tempos da 2ª Guerra Mundial, deixando nos poucos sobreviventes a longa marca no braço tatuado. Estudos profundos da historiadora alemã Tanja Von Francecky, enveredou pelo passado de dois amigos, Leo Bretholz e Majnfred Silberstein, em cinco de novembro de 1943, conseguiram suportar a latrina, com uso de casacos como cordas improvisadas: ‘tive que lutar para superar minha sensação de náusea. Tinham pedaços de excremento flutuando. Foi à coisa mais nojenta que tive de fazer.” Auschimit fora rememorado para a sobrevivência dos que puderam salvar.

Nosso país era dirigido por um governo ditatorial, sendo simpático ao modelo fascista, que seria chamado de Estado Novo, sob o comando do presidente Getúlio Vargas. Aí, os brasileiros também sofreram com o bombardeio em nosso litoral, em 1942, dos submarinos alemães e italianos destruindo navios verde-amarelos. Mesmo sofrendo, o Brasil somente se apresentou na guerra em 1944, destacando cerca de 30 mil, dos 100 previstos soldados brasileiros que foram treinados e embarcados para pontos marcados na Itália.

O vizinho brasileiro teve que enfrentar um problema crônico, com a morte do Promotor Alberto Nísman, o qual denunciara à presidenta, Cristina Kirchner e o chanceler Hector Timerman sobre o carro-bomba estourando em 18 de julho de 1994 e, matando 85 e 300 feridos no atentado no centro de convivência israelita na Argentina. Nem mesmo os 10 agentes de polícia não impediram morrer em sua residência. O jovem iria depor, horas depois, perante o Congresso, sobre o caso da Associação Judia Amia, onde governantes encobrirem autores com em troca de acordo comercial com o Iran.

Ontem, número incontável de assassinatos se aliou à matança covarde dos mais cultos cartunistas do mundo, agitando a bela França que não se curvou para o mundo! E o meu querido Brasil, continua insegura e claudicante, pelos dias sombrios e de qualquer jeito…

(*) Advogado e desembargador aposentado




Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

O que achou? Comente...