Desemprego volta a subir e chega a 6,7% em maio, a maior para o mês desde 2010
A taxa de desemprego ficou em 6,7% em maio, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, que inclui dados de seis regiões metropolitanas (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre). É maior taxa para o mês desde 2010, quando foi de 7,5%. Em abril, a taxa já havia subido de 6,2% em março para 6,4%, a maior desde maio de 2011. Em maio de 2014, a taxa foi de 4,9%.
O resultado veio acima das previsões do mercado. Segundo a média das estimativas de 27 economistas ouvidos pela agência Bloomberg, a projeção era de que o desemprego em maio chegasse a 6,6%. Mas o IBGE informa que considera estabilidade a elevação de 0,2 ponto percentual de abril para maio.
O rendimento médio real caiu 1,9% em relação a abril, para R$ 2.117,10. Na comparação com maio do ano passado, a queda foi de 5%.
A população desocupada avançou 4,8% frente a abril, o que também é considerado estabilidade pelo IBGE, e em relação a maio de 2014, 38,5%. Significa que, em um ano, 454 mil pessoas passaram a fazer parte da população desocupada.
O número de trabalhadores com carteira assinada diminuiu em 213 mil em relação a maio do ano passado, o que significa uma queda de 1,8%. Em comparação a abril, houve alta de 0,2%, também considerada estabilidade.
AUMENTO EM QUATRO REGIÕES
Quatro das seis regiões metropolitanas (Recife, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre) tiveram alta na taxa de desemprego na passagem entre abril e maio, embora o IBGE considere que as variações nas seis regiões não foram estatisticamente significativas.
Na comparação com maio de 2014, no entanto, houve avanço expressivo nas taxas. Em Porto Alegre, o desemprego quase dobrou, de 3% para 5,6%. Em Salvador avançou de 9,2% para 11,3%, enquanto em Belo Horizonte a taxa passou de 3,8% para 5,7%.
Na região metropolitana de São Paulo, o desemprego passou de 5,1% para 6,9%, enquanto no Rio o aumento foi de 3,4% para 5%. Recife registrou variação da taxa de desemprego de 7,2% para 8,5%. “Na comparação com maio de 2014, houve variações significativas em todas as regiões”, apontou o IBGE.
Com Agência Brasil
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