Publicado em: 1 set 2024

De Criticado a Imitado: Mikika Leitão fez escola com “dancinhas” que hoje são indispensáveis na campanha de 2024


Quem lembra que há quatro anos, nas eleições de 2020, Mikika Leitão, então candidato a vereador de João Pessoa, surpreendeu a todos ao lançar a icônica “dancinha do robô”? O que começou como uma estratégia de campanha inusitada rapidamente viralizou nas redes sociais e chamou a atenção de diversos veículos de comunicação, incluindo a coluna do renomado jornalista Noblat. Mikika chegou a ser destaque na revista Veja com a seguinte legenda: “Candidato a vereador em João Pessoa, ele criou a Dança do Passinho, a cidade aderiu, e sua eleição ficou mais próxima.” A dança, inicialmente alvo de críticas, tornou-se um fenômeno que ultrapassou fronteiras e mudou a forma como os políticos se comunicam com o público.

Na época, muitos duvidaram da eficácia dessa abordagem, criticando Mikika por supostamente banalizar a política com estratégias midiáticas. No entanto, ele foi eleito com 5 mil votos. Onde quer que chegasse, o povo pedia para que ele dançasse, e ele dançava, brincava e alegrava. Ao ser questionado, Mikika afirmou que seu jeito alegre de ser e de levar alegria onde chegava o fazia sentir-se bem.

O que vemos agora, na eleição de 2024, é uma realidade muito semelhante. Atualmente, candidatos de todas as esferas estão adotando não apenas “os passinhos”, mas também uma variedade de ritmos e coreografias para atrair a atenção dos eleitores. É inegável: o candidato que não dança parece estar desconectado do público. A dança tornou-se, agora, uma ferramenta de engajamento quase indispensável.

Personalidades políticas, que jamais se imaginaria ver dançando, se renderam às coreografias. Enquanto alguns argumentam que “todo mundo pode dançar”, a realidade mostra que nem todas as figuras políticas se encaixam nesse papel. Há quem diga que certas personalidades simplesmente não combinam com dancinhas ou memes. No entanto, a pressão para seguir as tendências parece inescapável, e muitos se veem “seguindo o ritmo” para não ficarem para trás.

É importante, no entanto, que os eleitores não se deixem levar apenas pelo espetáculo. Mais do que dançar, é fundamental que os candidatos apresentem projetos sólidos, transparência, respeito e compromisso com a população. O eleitor precisa ser criterioso, especialmente em um ano eleitoral onde tanto os candidatos que disputam a reeleição quanto os novatos estão tentando cativar o voto do público. A escolha deve ser baseada em histórico, competência e uma real vontade de trabalhar pelo bem da comunidade.

O precursor da “Dancinha na Política” continua no ritmo da dança e disputa sua reeleição. Ele não apenas mostrou esse seu lado descontraído em período eleitoral, mas também em diversos outros momentos ao longo dos últimos anos, sem deixar de fazer seu papel no legislativo, destacando-se como um dos vereadores mais atuantes. Mikika destinou emendas importantes para as áreas de saúde, assistência social e infraestrutura, além de ter seis leis relevantes em vigor.

De criticado a imitado, Mikika Leitão provou que inovar pode ser arriscado, mas também pode trazer grandes recompensas. Sua dança abriu portas e mudou o cenário das campanhas políticas no Brasil. Que a inovação continue, mas sempre acompanhada de seriedade e compromisso com a causa pública.

Por Joelma Alves




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