Curso de inglês de ONG abre horizontes para crianças e adolescentes da rede pública de ensino de Bayeux
Desde 2017, duas aulas por semana com duração de uma hora cada, num período de 9 meses oportunizam o acesso a uma língua considerada global, difundida em todo o mundo e elo entre diferentes culturas, capaz de descortinar e expandir horizontes de aprendizado e também profissional.
A iniciativa da Organização Não Governamental Aliança Bayeux Franco Brasileira, que tem à frente Célia Domiciano, consiste em noções básicas de fonética e elementos da neurociência como exposição à língua e contação de histórias em inglês.
“Além de praticar regularmente, ler textos, ouvir músicas e conversar, são trabalhadas atividades sobre animais, alimentos, partes do corpo, adjetivos, dias da semana, Halloween, músicas e cantigas, com utilização de recursos visuais e audiovisuais”, afirma o professor Sidney Veloso.
Superação de desafios
Ele, que substituiu a professora Cida, acrescenta que ainda são fortes os estereótipos sobre como a língua inglesa é difícil, o que torna um desafio quebrar esse pensamento e considera que outros fatores são as políticas públicas, que dificultam o acesso das crianças a uma educação de qualidade significativa.
“Tive muitas vezes que trabalhar a autoconfiança das crianças para que elas se sentissem acolhidas na sala ou para tentar falar algo em inglês, já que a vergonha de errar às vezes supera a vontade de aprender”, lembra.
Nível de aprendizado
Nesse contexto, cada aluno teve seu ritmo, alguns mais lentos outros mais avançados, porém todos tiveram acesso e hoje já pedem para beber água e ir ao banheiro em inglês, fazem desenhos e colocam legendas em inglês, apresentam o que aprenderam, perguntam vocabulários desconhecidos.
“Alguns alunos parecem estar ali só por estar e isso me motiva muito. Tento chegar nesses alunos e interagir mais com eles, dando conselhos, mudando a didática. Educar é um desafio, mas tenho certeza que fizemos um bom trabalho. Sou grato a ONG ABFB por todo o apoio sempre nessa caminhada de plantar sementinhas”, conclui.
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