Publicado em: 14 jun 2014

CRM descarta alergia a Berotec em morte de menina no hospital do Valentina em João Pessoa

HOS VALENTINA

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) descartou que a morte da menina Gabriela Viegas Barbosa,  ocorrida no Hospital do Municipal do Valentina Figueiredo, em João Pessoa, tenha sido provocada por alergia a medicamento. A informação foi confirmada, na sexta-feira (13), pelo corregedor do órgão, João Alberto. O conselho está com uma sindicância instaurada para apurar o caso. A criança, de 11 anos, morreu no dia 2 de junho.

De acordo com a família da criança, Gabriela foi levada para a unidade hospitalar com uma crise de asma e acabou submetida a uma nebulização com o medicamento berotec, o que lhe causou uma reação alérgica e ela não resistiu. A mãe, Luciana Gonzaga Viegas, afirmou, no dia da morte, que a equipe médica do hospital foi avisada sobre o medicamento em questão e as reações que causavam em sua filha.

“Não houve processo alérgico no caso de Gabriela. Isso é o que posso antecipar, mas as prováveis causas da morte ainda estão sendo investigadas”, informou o corregedor João Alberto. Ele explicou que a conselheira que está à frente do caso tem até 60 dias, a contar da data de instauração da sindicância (9 de junho) para concluir as investigações.

A conselheira já está com o prontuário de atendimento da menina registrado no Hospital do Valentina durante a internação e também com o laudo emitido pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO), do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW)

“Os próximos passos são ouvir as partes envolvidas e com a conclusão do relatório que será emitido pela conselheira que acompanha o caso, agendar o julgamento da sindicância”, relatou João Alberto. Participam do julgamento oito conselheiros do CRM, eles vão decidir se será aberto processo ético, arquivamento do caso ou se a sindicância terá que ser aprofundada, explicou o corregedor.

O laudo do SVO apontou que a morte da criança foi causada por edema pulmonar e cardiopatia hipertrófica. Além do CRM, a secretaria de Saúde de João Pessoa também está apurando o caso.A pasta abriu uma investigação interna.

G1PB



Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

O que achou? Comente...