Publicado em: 9 jul 2014
Couto cita empresários, políticos e juízes envolvidos com tráfico humano
O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) comentou o trabalho desenvolvido como vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, que encerrou os trabalhos no início de junho.
“Essa comissão que investigou o tráfico de seres humanos no Brasil foi um dos maiores desafios que já enfrentei depois da CPI do Extermínio no Nordeste, da qual fui o relator”.
Luiz Couto citou o choro, a dor, o esquecimento, o medo, a injustiça e o aprisionamento como alguns dos sentimentos visualizados “com muita atenção dentro dos olhos das vítimas ouvidas na CPI”.
O parlamentar ressaltou que a CPI percorreu vários estados brasileiros e chegou a ir até aos Estados Unidos. Constatou que o engano é uma das maiores decepções das vítimas que, segundo ele, levou milhares de brasileiras e brasileiros a outros países para serem explorados “de todas as formas que se possa imaginar”.
“As investigações não pararam somente nestas atrocidades”, completou. “Desvendamos uma rede de aliciadores que vendiam filhos e filhas de pessoas que tinham a característica inocente e a vida carente de informações e políticas publicas”.
Couto afirmou que a CPI do Tráfico de Pessoas construiu fatores importantes para se iniciar uma grande investigação policial, “pois onde passava tinha vítimas denunciando e os acusados omitindo a maneira de atuar e de ganhar dinheiro”.
Luiz Couto destacou que entre os principais responsáveis pela prática do tráfico humano estão grandes empresários que compactuam com o trabalho escravo dentro de suas empresas, políticos envolvidos com vitimas do tráfico de pessoas, juízes cúmplices de algumas adoções ilegais, famílias ricas comprando crianças, advogados preparados para defender o crime de tráfico humano e até funcionários públicos que se utilizam do cargo para auxiliar nesse tipo de tráfico.
Parlamentopb
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