Copeira admite que errou ao acusar ator de roubo no Rio, diz delegado
Um novo depoimento da copeira Dalva Moreira da Costa deve ser decisivo para libertar o ator Vinicius Romão, preso por ser suspeito de assaltar a mulher. Em conversa com delegado Niandro Lima, titular da 25ª DP (Engenho Novo) nesta terça-feira (25), a mulher admitiu que se enganou ao fazer o reconhecimento. Segundo Niandro, um habeas corpus já foi por ele à 33ª Vara Criminal.
“Ela admite a hesitação no primeiro reconhecimento dele, o que é natural, porque foi uma ação violenta e ela pode ter se confundido”, explicou.
Dalva chegou na delegacia por volta das 12h30, sozinha. No depoimento, ela disse que pensou em ir à polícia no dia seguinte para retirar a queixa, mas não tinha dinheiro para passagem. O delegado disse que não acredita em má fé. “Ninguém dos dois teria interesse em prejudicar uma pessoa inocente.”
O crime
Vinicius, de 26 anos, está preso desde o dia 10, data do suposto crime, no Presídio Patricia Acioli, em São Gonçalo, numa cela com outros 15 detentos. O assalto teria acontecido nas proximidades do Hospital Pasteur, no Méier, onde trabalhava a copeira, que registrou a ocorrência, trabalhava. O G1 tentou contato com Dalva, mas até as 14h30 desta terça-feira ela não foi localizada.
“A vítima trabalhava no hospital. Ela tinha saído de lá e estava no ponto de ônibus. Um policial viu o ocorrido e a colocou no carro para tentar procurar quem a tinha roubado. Quando ela viu meu filho, disse que tinha sido ele. O policial abordou o Vinícius com uma arma em punho. O meu filho é pacífico, se não fosse, teriam matado ele”, contou o tenente-coronel.
O G1 teve acesso ao registro de ocorrência do caso. No registro, a vítima contou que após o assalto o homem teria pulado o muro da estação de trem para fugir e que dentro da bolsa roubada havia a quantia de R$ 10, um crachá, um celular e documentos. Ela contou que o homem estava de camiseta e bermuda preta, era negro e tinha o cabelo estilo black power.
No registro de ocorrência, o policial militar que fez a prisão afirma que nenhum pertence da vítima foi encontrado com o ator. “No depoimento, o policial disse que o Vinicius tinha passado o material para uma pessoa conhecida como “Braço”, só para justificar a prisão dele, mas não fez nenhuma diligência para procurar essa pessoa”, disse Romão.
G1
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