Campanha por óleo de cannabis tenta arrecadar R$ 15 mil para equipamentos
A Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace) está nos últimos dias de uma campanha realizada para arrecadar R$ 15 mil. O objetivo é conseguir comprar equipamentos necessários para continuar fabricando o óleo que atende doentes em todo o País, segundo determina o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, utilizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até ontem, foram arrecadados R$ 7.450, o que representa apenas 40% do total necessário, e a campanha segue até terça-feira.
O cannabis é extraído da planta de maconha e é usado para tratamento de pessoas com om epilepsia, mal de Alzheimer, esclerose múltipla, e mal de Parkinson. O cultivo da maconha é proibido pela Lei 11.343/2006. Contudo, no parágrafo único da norma está garantido que “pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais (dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas), exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas”.
Autorizada pela Justiça. O diretor-executivo da Abrace, Cassiano Teixeira, explicou que a Justiça concedeu uma liminar para que a Associação cultive, colha e manuseie a maconha para uso medicinal, mas determinou um prazo para que a Anvisa, a Vigilância Sanitária e o Corpo de Bombeiros vistoriem o local. O prazo será encerrado no dia 30 de junho.
“É por este prazo que abrimos a campanha para doação na internet, que se encerra no dia 30. Daí em diante, nós teremos um mês para nos adequarmos e garantir a continuação do trabalho”, explicou Cassiano.
A Associação precisa adquirir uma capela linear, utilizada para trabalhar com plantas sem contaminar amostras, uma capela de gás, que tira o gás etanol do laboratório, e uma autoclave, para esterilizar os materiais utilizados. Cassiano disse que entende a necessidade do maquinário.
“Eu mesmo já tive problemas por causa do gás inalado. Nós usamos álcool para extração do óleo e o etanol sobe. Os técnicos acabam respirando este gás e, ao final do dia, parecem estar embriagados”, falou.
Atualmente, a associação fabrica de 20 a 30 garrafas de óleo cannabis por dia. A lista de espera para começar a receber a medicação já conta 180 pessoas de todo o Brasil, isso porque a Justiça determinou que nenhuma pessoa fosse incluída entre os pacientes até o julgamento do mérito da causa.
Correio da Paraíba
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