Publicado em: 2 jun 2015

Cabeleireira foi morta após contar de gravidez ao pai do bebê, diz polícia

albanii

O Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes prendeu, na manhã desta segunda-feira (1º) um frentista de 34 anos suspeito de ter assassinado a cabeleireira Albani Joanita Magalhães do Prado, de 27 anos. A vítima foi morta a facadas em casa. O corpo foi achado pela mãe no dia 12 de maio, que resolveu ir até a o local depois de inúmeras tentativas de falar com ela. O bebê da vítima, de 1 ano e 10 meses, estava no berço.

Segundo o delegado Luiz Roberto Billó, o suspeito matou a vítima após descobrir que ela estava grávida. A Justiça concedeu apenas cinco dias de prisão, mas um pedido de prorrogação deve ser feito pelo setor.

O suspeito foi preso por volta das 9h30 em sua casa, na Vila Cléo. De acordo com as investigações, ele tinha um relacionamento extraconjugal com a vítima há três meses. “Ele é noivo e também era namorado da vítima. Vamos ouvir mais gente porque ele tinha outros relacionamentos extraconjugais”, disse o delegado.

O homem já tinha prestado depoimento, mas negou qualquer envolvimento com o crime. Com as provas recolhidas durante a investigação, a prisão foi decretada.  “Ele disse que desconhecia que a moça estava grávida dele. Mas existem mensagens em que ela relata isso a ele. Também temos mensagens que mostram que ele combinou de ir à casa dela no dia do crime. A vítima estava de roupa íntima quando foi encontrada morta. Nós juntamos e conseguimos a prova, junto aos exames que comprovam a gravidez, que também juntamos no inquérito.”

A polícia também conseguiu, em uma câmera de circuito de um estabelecimento comercial da Avenida Japão, flagrar o suspeito de moto entrando na rua da casa da vítima, no dia do crime, por volta das 22h13. Ele sai do local por volta das 23h25. “São imagens que demonstram mais um fator. Outro detalhe, quando prestou depoimento o suspeito estava com cortes nas mãos, que ele alegou ter feito no trabalho, em um tambor. Nós interrogamos os demais funcionários e conseguimos comprovar que estes cortes não foram feitos em serviço”, detalhou Billó.

O celular do suspeito também havia sido apreendido. “Ele disse que apagou todas as mensagens com a vítima porque não queria ter descoberto o seu relacionamento extraconjugal, que tinha uma noiva e não queria perder esse relacionamento de 7 anos. Só que ele tem outras namoradas, outras mensagens que denotam outros casos. Então por que apagar somente as da Albani e não das demais?” defendeu.

Segundo o delegado, nos próximos dias um pedido de prorrogação da prisão preventiva será feito, já que, em um primeiro momento, a justiça só concedeu 5 dias. Outras pessoas devem ser ouvidas nos próximos dias para a conclusão e encerramento do caso.

Albani com cabelo curto Mogi (Foto: Reprodução/Facebook)
Segundo a polícia, Albani estava grávida do suspeito. (Foto: Reprodução/Facebook)

Entenda o caso
A cabeleireira Albani Joanita Magalhães do Prado,de 27 anos, foi encontrada morta em casa no Jardim Layr, em Mogi das Cruzes, na noite de 12 de maio. O corpo foi achado pela mãe, que resolveu ir até a casa da filha depois de inúmeras tentativas de falar com ela. O bebê da vítima, de 1 ano e 10 meses, estava no berço.

Segundo o boletim de ocorrência registrado no 2º Distrito Policial, a mãe disse que encontrou Albani caída no chão da cozinha por volta das 22h30. O imóvel, na Rua Beatriz Medeiros Rodrigues, era a residência e também o salão de cabeleireiros onde a vítima trabalhava. De acordo com a Polícia Militar, a faca não foi localizada na residência. Uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi até o local, mas constatou que a mulher já estava morta há pelo menos seis horas e que tinha ferimentos na altura da lombar e pescoço.

O padrasto da mulher contou que ela morava sozinha com o filho e tinha terminado recentemente um casamento. Ele disse que o ex-marido da enteada tinha viajado para Minas Gerais. Segundo o padrasto, os dois mantinham um relacionamento bom mesmo após a separação. Segundo informações de familiares, a vítima estaria em outro relacionamento amoroso, mas não souberam informar mais nada sobre o namorado. A Polícia Civil foi ao local e não constatou sinais de arrombamento na casa, somente registrou que o celular da vítima foi levado.

SMS
A prima de Albani, Renata da Silva Teixeira, recebeu uma mensagem pelo celular com um pedido de socorro, às 0h 47. Renata da Silva Teixeira, porém desconfia que não foi sua prima que lhe enviou a mensagem. “Eu achei isso muito esquisito. Para quem está passando por um momento de nervoso, como um assalto, não se preocupa em escrever todas as palavras certas, quer logo pedir ajuda”, afirma.

As suspeitas de Renata ainda aumentam pelo fato das duas não terem um contato próximo. “Nessas horas a gente lembra sempre dos familiares mais próximos. Por que ela não avisou a mãe dela?”, questiona.

Renata ainda ressalta que não conversava com a prima há pelo menos uma semana. Quando as duas trocavam mensagens pelo celular costumam usar o whatsapp. Já a mensagem enviada para o celular de Renata foi através de um SMS.




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