Beija-Flor é a campeã do carnaval 2018 do Rio de Janeiro
A Beija-Flor de Nilópolis é a grande campeã do carnaval 2018 do Rio de Janeiro. A apuração aconteceu na tarde desta quarta-feira (14), diretamente da Marquês de Sapucaí.
A escola fez um paralelo entre o romance “Frankenstein” e as mazelas sociais brasileiras. Corrupção, desigualdade, violência e intolerâncias de gênero, racial, religiosa e até esportiva formaram o cenário de “Brasil monstruoso”.
Comandado por Neguinho da Beija-Flor, o samba-enredo “Monstro é aquele que não sabe amar (Os filhos abandonados da pátria que os pariu)” foi cantado em coro pelo público da Sapucaí, que ao final do desfile ocupou a avenida, seguindo a escola.
“A Sapucaí foi ovacionada pela alegria e emoção. A Beija-Flor fez as pessoas cantarem o samba pelo pedido de socorro. As imagens foram muito fortes, aquele teatro todo retratando o que o nosso país está passando. Foi um grito de socorro dentro de um samba-enredo“, disse Raíssa, madrinha de bateria da escola, ao G1.
As cantoras Pabllo Vittar e Jojo Todynho foram destaque do carro “O abandono”, representando a luta contra a intolerância de gênero e a intolerância racial, respectivamente.
A Beija-Flor tem agora 14 títulos no Grupo Especial do Rio – só fica atrás da Portela e da Mangueira no total de vitórias.
Desfile das campeãs
Voltarão com a Beija-Flor ao sambódromo para o desfile das campeãs, no próximo sábado (17), as escolas Paraíso de Tuiuti, Salgueiro, Portela, Mangueira e Mocidade Independente de Padre Miguel.
Assim como a escola de Nilópolis, que levou sua crítica social para a avenida, a Paraíso de Tuiuti, que ficou com o segundo lugar, contou a história da escravidão no Brasil e condenou a reforma trabalhista aprovada recentemente. O destaque da Tuiuti ficou no último carro da escola, que levou um vampiro com uma faixa presidencial para a Marquês de Sapucaí.
A Mangueira não ficou atrás no quesito protesto, com um samba-enredo que ironizou a decisão da Prefeitura do Rio de cortar os recursos destinados às escolas. Um dos carros representou o prefeito Marcelo Crivella como um boneco de Judas.
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