‘Bacurau’ vence o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; veja a lista dos ganhadores
Com seis prêmios Grande Otelo, Bacurau, de Kleber Mendonça e Juliano Dornelles, foi o vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no domingo à noite, em cerimônia virtual, ganhando nas categorias principais de melhor filme, direção, roteiro original e ator (Silvero Pereira, como Lunga). Mas foi uma disputa acirrada com A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, que ficou com cinco prêmios, incluindo o de melhor roteiro adaptado e melhor atriz coadjuvante (Fernanda Montenegro). A Academia do Cinema Brasileiro fez justiça a Andrea Beltrão e ela levou o prêmio de melhor atriz, por Hebe – A Estrela do Brasil, de Maurício Farias.
Estou Me Guardando pra Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes, foi o melhor documentário. Cine Holliúdy – A Chibata Sideral, de Halder Gomes, foi a melhor comédia, Chico Diaz o melhor coadjuvante e a série da Globo, spinoff do primeiro filme, com direção geral de Patricia Pedrosa, foi a melhor série de TV aberta. A Academia outorgou mais três prêmios de melhores filmes – Tito e os Pássaros, de Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto, como melhor animação; A Turma da Mônica – Laços, de Daniel Rezende, como melhor infantil; e Eu Sou Mais Eu, de Pedro Amorim, como melhor comédia pelo júri popular.
No ano passado, na abertura da festa realizada no Teatro Municipal, o presidente da Academia, Jorge Peregrino, havia destacado a parceria com São Paulo, que estava trazendo o Grande Prêmio para a capital. O que ele nem ninguém poderia prever é que haveria a pandemia e que, justamente no fim de semana da premiação de 2020, a flexibilização permitiria a abertura, ainda tímida, das salas da cidade.
A festa de domingo, 11, foi remota, transmitida pela TV Cultura e o secretário de Estado da Cultura, Sérgio Sá Leitão, voltou a destacar a parceria e a força do audiovisual como atividade econômica e cultural. O grande problema da premiação remota – as apresentadoras Marina Person e Adriana Couto no palco, os premiados em casa – foi a ausência de emoção. A produção gravou com os indicados, e obviamente nenhum deles poderia saber quem iria ganhar Não propriamente surpresa – cacoete? Marina repetia “Uau!” a cada abertura de envelope. O GP do Cinema Brasileiro contempla a produção ibero-americana e mundial. O argentino A Odisseia dos Tontos, de Sebastián Borensztein, venceu como melhor filme da Ibero-América e Parasita, de Bong Joon-ho, uau!, foi o melhor filme internacional.
Bacurau, Parasita – e Coringa, de Todd Phillips, Os Miseráveis, de Ladj Ly. Todos esses filmes integraram uma tendência que foi forte em 2019 – a revolta dos excluídos. Cabe destacar que Silvero Pereira dividiu o Grande Otelo de melhor ator com Fabrício Boliveira, de Simonal. O longa de Leonardo Domingues venceu o Grande Otelo de melhor diretor estreante, e o extraordinário plano-sequência da cena em que Simonal abandona o palco e vai fazer um lanche fora do teatro, volta e a plateia ainda está cantando o refrão de Meu Limão, Meu Limoeiro, é coisa de antologia. Simonal também venceu como melhor som e trilha (Wilson Simoninha e Max de Castro).
LISTA DOS VENCEDORES
MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
Turma da Mônica Laços, de Daniel Rezende
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
Cine Holliúdy – A Chibata Sideral, de Halder Gomes
MELHOR DIREÇÃO
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por Bacurau
MELHOR ATRIZ
Andréa Beltrão, como Hebe Camargo, por Hebe Carmargo
MELHOR ATOR
Fabrício Boliveira, como Simonal, por Simonal
Silvero Pereira, como Lunga, por Bacurau
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Fernanda Montenegro, como Eurídice, por A Vida Invisível
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Chico Diaz, como Véi Gois, por Cine Holliúdy
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Hélène Louvart, por A Vida Invisível
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por Bacurau
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Murilo Hauser, Karim Aïnouz e Inés Bortagaray, baseado no livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, por A Vida Invisível
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Rodrigo Martirena, por A Vida Invisível
MELHOR FIGURINO
Marina Franco, por A Vida Invisível
MELHOR MAQUIAGEM
Simone Batata, por Hebe – a Estrela do Brasil
MELHOR EFEITO VISUAL
Mikaël Tanguy e Thierry Delobel, por Bacurau
MELHOR MONTAGEM FICÇÃO
Eduardo Serrano, por Bacurau
MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
Karen Harley, por Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar
MELHOR SOM
Marcel Costa, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond, Armando Torres Jr., ABC e Renan Deodato, por Simonal
MELHOR TRILHA SONORA
Wilson Simoninha e Max de Castro, por Simonal
MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO
Parasita | Parasite, de Bong-Joon-ho
MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO
A Odisséia dos Tontos | La Odisea de los Giles, de Sebástian Borensztein
MELHOR LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Tito e os Pássaros, de Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto
MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO
Ressurreição, de Otto Guerra
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
Viva Alfredinho!, de Roberto Berliner
MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO
Sem Asas, de Renata Martins
MELHOR SÉRIE DE ANIMAÇÃO TV PAGA/OTT
Turma da Mônica Jovem, 1ª temporada, de Marcelo de Moura
MELHOR SÉRIE DE DOCUMENTÁRIO TV PAGA/OTT
Quebrando o Tabu, 2ª temporada, de Katia Lund e Guilherme Melles
MELHOR SÉRIE DE FICÇÃO TV PAGA/OTT
Sintonia, 1ª temporada, de Kondzilla e Johnny Araújo
MELHOR SÉRIE DE FICÇÃO TV ABERTA
Cine Holliúdy, 1ª temporada, de Halder Gomes e Renata Porto D’ave
MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
Leonardo Domingues, por Simonal
MELHOR FILME VOTO POPULAR
Eu Sou Mais Eu, de Pedro Amorim
MSN
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