Babá que decapitou criança russa diz que obedecia ordens de Alá
A mulher que decapitou uma criança sob seus cuidados e mais tarde exibiu a sua cabeça pelas ruas de Moscou pode ter sido instigada a cometer o crime por outras pessoas, dizem os investigadores. Nesta quarta-feira, quando estava caminho do tribunal, Gulchejra Bobokulova reconheceu a autoria do crime e afirmou que obedecia ordens de Alá — embora estivesse arrependida do crime que impressionou o mundo todo.
Ao prestar depoimento, ela estava de cabeça descoberta e parecia relaxada, chegando a bocejar ocasionalmente — um contraste com sua aparência de segunda-feira, quando Gulchejra vestia preto e usava um hijab.
— Sou mensageira de Alá. Olá a todos — disse a mulher sentada na jaula de metal reservada para réus nos tribunais russos.
A polícia russa teve que conter e atirar ao chão a mulher de 38 anos, divorciada e mãe de três filhos, que foi flagrada segurando a cabeça decepada da criança no alto e gritando slogans islâmicos pelas ruas de Moscou — como “Sou uma terrorista” e “Alá é grande” — na segunda-feira. Na ocasião, testemunhas disseram ter temido que ela realizasse um atentado terrorista.
Autoridades também afirmam que Gulchejra, natural do Uzbequistão, trabalhava como babá para uma família moscovita. Ela matou e decapitou uma das crianças sob seus cuidados quando os pais saíram de casa com o filho mais velho — e então incendiou o apartamento da família e fugiu.
As imagens da mulher exibindo a cabeça da criança nas proximidades de uma estação de metrô foram reproduzidas pelo mundo. No entanto, canais de TV estatais não relataram o incidente, uma decisão apoiada pelo Kremlin sob a justificativa de que as cenas são fortes demais.
Com O Globo
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