Publicado em: 13 jan 2016

Avião da Air France com corpo no trem de pouso passou por Gabão antes do Brasil

O avião da Air France em cujo trem de pouso foi encontrado um corpo de um homem na tarde da última segunda-feira passou pelo Gabão, na África, antes de partir do Brasil rumo à França. A nacionalidade da vítima ainda não foi divulgada.

A aeronave passava por manutenção no aeroporto de Paris-Orly quando o cadáver foi descoberto. Segundo a imprensa francesa, autoridades acreditam se tratar de um caso de tentativa de imigração ilegal para o país.

O Boeing 777-300 partiu de São Paulo na sexta-feira (8) e chegou a Paris no sábado (9).

Dados do site Flight Radar mostram, contudo, que o mesmo avião ─ prefixo F-GSQG – havia decolado de Libreville, no Gabão, rumo à capital francesa dois dias antes (6).

A aeronave permaneceu em solo durante todo o dia seguinte, quinta-feira (7).

Fontes confirmaram à BBC Brasil que o avião “não é exclusivo da rota Paris-São Paulo” e passou pela África antes de vir para o Brasil.

Contatada pela reportagem, a Air France afirmou, por meio de um comunicado, que como a investigação ainda está em andamento, não vai fazer nenhum comentário sobre a “rota, origem da aeronave ou pessoa”.

“Air France confirma que um corpo foi encontrado no trem de pouso de um de seus Boeing 777-300, durante a operação de manutenção da aeronave. A companhia lamenta profundamente esse incidente trágico e se coloca à disposição das autoridades para colaborar com o processo de investigação em curso.

O corpo foi transferido ao Instituto Médico Legal de Paris para identificação.

“Infelizmente, são casos cada vez mais frequentemente em nossos aeroportos”, afirmou à BBC Brasil o comandante da Gendarmerie des Transports Aériens (GTA) de Paris-Orly.

Não é a primeira vez que um corpo é encontrado no compartimento de trem de pouso de um avião.

Em 2013, o corpo de um imigrante dos Camarões foi descoberto em circunstâncias similares no aeroporto Charles de Gaulle.

O trajeto entre São Paulo e Paris dura cerca de 11 horas. Devido às baixas temperaturas e à falta de oxigênio, é pouco provável, contudo, que um ser humano sobreviva dentro do compartimento nessas condições.

Além disso, o risco de ser esmagado pelo próprio trem de pouso no momento da aterrissagem torna a viagem ainda mais perigosa.

Com EXAME



Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

O que achou? Comente...