Publicado em: 9 nov 2024

Avanço do mar no município de Baía da Traição causa prejuízos e danos


O município de Baía da Traição, no Litoral Norte da Paraíba, decretou estado de calamidade pública em áreas da Praia do Forte, devido ao avanço do mar e aos danos significativos causados pela erosão costeira. De acordo com o geógrafo Erickson Torres, o aquecimento do planeta é a principal causa do avanço das marés.

“Toda vez que a água do oceano fica mais quente, há um volume maior de água que avança sobre os continentes, sobre a costa dos países e suas regiões. É condição sine qua non [indispensável] que os pesquisadores, geógrafos, oceanógrafos, engenheiros, em conjunto com os gestores públicos, desenvolvam pesquisas bem mais amplas do que apenas colocar aquelas pedras para tentar conter o avanço do mar, porque essas são apenas medidas paliativas”, afirma o geógrafo.

A decisão de declarar calamidade pública foi reconhecida pela Assembleia Legislativa da Paraíba e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (7).

Danos do avanço do mar e possíveis soluções

De acordo com representantes da Defesa Civil de Baía da Traição, a solução para impedir que o mar continue avançando é construir um semicírculo em concreto e realizar o alargamento da faixa de areia. Segundo o secretário de saúde Baía da Traição, o investimento necessário para a realização dessas ações seria de cerca de R$ 86 milhões.

Segundo o secretário de saúde de Baía da Traição, Emanuel Ferreira, um levantamento da área do desastre foi realizado desde os arrecifes até a parte da Praia do Forte, uma das áreas mais afetadas pelo avanço do mar.

De acordo com o secretário, uma das solução propostas através do levantamento foi a construção de 4 semicírculos de concreto em toda a faixa de areia da região, o que soma aproximadamente 4 quilômetros de extensão.

Problemas enfrentados pelos moradores

De acordo com Edvaldo Severino, aposentado que mora na região, o estado atual do avanço do mar é algo que ele nunca viu e que gera preocupação quanto ao que acontecerá no futuro, tanto em relação a segurança dos moradores quanto ao que pode acontecer com as moradias no local.

 

G1




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