AS SEIS MARIAS
AS SEIS MARIAS
MARCOS SOUTO MAIOR (*)
Não há nada melhor na vida do que a convivência familiar deixando todos numa eterna satisfação. Claro que existem momentos desconfortantes, porém, não chegando a desestruturar a resistente célula máxima da sociedade mundial.
No correr do tempo, minha família esticou um bocado no quesito maternidade, apesar de poucos filhos, os netos foram nascendo, deixando o avô coruja num sorriso aberto e olhos brilhando de felicidade. É verdade que já ouvi alguém dizer que ‘não existe felicidade, e sim momentos felizes…’ Pois bem, de um jeito ou de outro, sou réu confesso de satisfazer todos meus netos!
Sempre que posso, coloco em desfile minhas lindas netinhas, começando por Maria Luíza sendo a cabeça do grupo, um morenaço com doze anos, que deixa o pai ciumento e preocupado com as saídas vigiadas para shoppings, praias e outros lugares aprazíveis. Pré-adolescente, Malu impõe o cuidado que vem da sua beleza!
Maria Clara, que mora noutra cidade perto, só quinzenalmente o avô mata a saudade. Certo dia, Clarinha insistia em pedir para soltar um porquinho da Índia, em nosso apartamento, que ela mesma já tinha alisado e brincado, várias vezes. Ante minha resistência, até porque o bichinho estava cansado, nos seus oito anos de vida, ela se saiu com esta: “vovô Marquinhos, deixe brincar mais um poquinho?” E foi irresistível!
A mais movimentada de todas minhas seis Marias, batizada com o nome de Maria Vitória, recebeu o apelido de Viví, que se transforma num verdadeiro dínamo gerando energia, sempre risonha e despachada. Com um ano e dez meses é quem se encarrega de atender a todas chamadas telefônicas da casa e dos pais. Estuda num colégio bilíngue e mistura português com inglês.
Numa gravidez inesperada, quase quebrando o resguardo maternal anterior, nasceu Maria Rita sorridente e determinada com o horário das suas refeições, já iniciou o balbuciar nos seus oito meses de nascida dando os braços para o avô atento, sinal de simpatia familiar.
Maria Valentina, ainda sem apelido, veio completar o plantel de netas deste cronista avô, com apenas dois meses de nascida, me fez semana passada a primeira visita na laje do bairro de Manaíra. De braço em braço dos parentes, choromingou um pouco com fome e mamou no peito da mãe até se dar por satisfeita, pelo melhor e saudável leite materno.
Completado o time de netinhas, vem minha filha Maria Adélia, herdou o nome da sua saudosa avó e também leva o título de tia querida de todas as sobrinhas, sendo hábil amazona laureada em competições nacionais. Ama seus bichinhos de estimação, como a gatinha branca, Alice, com um olho verde e outro azul e o esperto cãosinho Joca que sempre passeia pelo meu quarto. Ela escolheu e se prepara para o vestibular de Medicina Veterinária, ainda nova com seus dezessete anos de muita atividade.
Minhas queridas “SEIS MARIAS” é o troféu abençoado por Maria Santíssima, sendo o mais importante da minha vida, onde corre o sangue familiar deste jornalista me animando nos momentos alegres e confortando-me em tempos de dissabores, entretanto, tudo confirmado em exemplo do mais puro amor!
(*) Advogado e desembargador aposentado
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