AS PEÇAS EXPOSTAS…
Gilvan Freire
Diante da possibilidade de surgirem três ou quatro candidaturas a governador em 2014, os líderes políticos estaduais que não teriam maiores chances de compor chapa com apenas duas candidaturas ficam ouriçados. Ruy Carneiro, Wellington Roberto, Wilson Santiago, Manoel Jr., Efraim Morais, Marcondes Gadelha e Aguinaldo Ribeiro só pensam naquilo.
Cícero Lucena, Zé maranhão e Rômulo Gouveia seriam os três mais expressivos nomes para o senado, mas com as possíveis candidaturas de Cássio e Veneziano os melhores candidatos podem ficar sem espaço, porque Veneziano precisará dá o senado a uma aliança; Cássio precisará dá a vaga de Cícero em sua composição; e Rômulo talvez não aceite confrontar-se com Cássio em Campina, e nem poderá somar muito pra RC na cidade se Cássio e Veneziano forem candidatos a governador.
Para formar chapa como vice-governador, Luciano Agra parece o mais interessante de todos, porque é quem melhor pode representar, neste momento, João Pessoa no tabuleiro da geopolítica do Estado. Cícero vem em segundo lugar, ao lado de Ruy Carneiro. Agra só não poderia somar sendo vice de RC, porque representam o mesmo território e não se bicam. Mas, controlando o PEN com arte, paciência e sabedoria, Ricardo Marcelo estuda o xadrez e sabe para que lado vai mexer com a valiosa peça balizada de Rei – infinito: Luciano Agra. No xadrez, esse Rei não é a mais forte peça, mas, estrategicamente, pode decidir o jogo.
No caso de ocorrerem mesmo quatro candidaturas a governador, o que é possível mas pouco provável (pelo menos com quatro nomes expressivos), a verdade é que esses candidatos vão precisar de quatro candidatos a vice e quatro bons nomes para o senado. São muitas vagas disponíveis. O problema é que os melhores nomes só querem disputar em companhia dos melhores candidatos, e os melhores candidatos não passam de três.
É bom saber-se que outras peças anônimas se movem ocultas no xadrez de baixo, um tabuleiro subterrâneo que fica escondido, encoberto pelo xadrez mais visível. Por exemplo: entre candidatos ao senado de médio a fraco o mais cogitável é o ricaço, quando não for suplente de um candidato a senador favorito. Sendo um candidato fraco a governador, seu vice será igualmente fraco – qualquer um serve. Mas é possível que, sendo candidatos somente RC, Cássio e Veneziano, seus vices não estejam entre os fracos, embora, ao que se sabe, Agra prefere ser o vice de Cássio.
Mas, pro senado, deve-se olhar para Raimundo Lira, o ricaço que já ficará por quatro anos no Senado, sem ter votos, caso Vitalzinho saia Ministro. Olhar para Rômulo, caso Cássio não saia governador, e Zé Maranhão, caso Veneziano não dispute a governança. E, num quadro mais pulverizado, não se perca de vista Roberto Cavalcanti, que está muito exposto em suas mídias, e não age à toa. Ele é candidatíssimo, só não diz a que nem ao lado de quem, e, além do mais, gostou muito do senado. E não está entre os mais fracos. Nesse jogo, só não pensa em ser candidato quem não tem voto, nem dinheiro, nem um tipo de poder – ou de ambição. O resto pensa.
Este artigo integrará o futuro livro:
‘PREVISÕES POLÍTICAS DE UM VIDENTE CEGO’
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