Artesãos recorrem a Toinho do Sopão que visita e constata abandono na Casa do Artesão
O deputado estadual Toinho do Sopão (PEN) foi procurado por artesãos que denunciaram a situação de descaso e abandono que estão sofrendo na Casa do Artesão Paraibano, localizada à Rua Maciel Pinheiro, Varadouro.
O parlamentar, durante uma visita, constatou a veracidade da denúncia e, comovido com a situação, expôs no plenário da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), imagens que comprovam a falta de compromisso do Governo do Estado com a categoria.
Durante a visita, Toinho do Sopão pode comprovar, logo na entrada da Casa, que deveria receber turistas de todo o país, um amontoado de lixo, esgoto a céu aberto e obras inacabadas.
Iniciadas em fevereiro, a revitalização do lugar parou sem qualquer explicação, mas, na placa colocada a frente do prédio, descreve em detalhes que o valor das obras custou aos cofres públicos mais de R$ 631 mil e teria o prazo de 180 dias para ser finalizada pela construtora Santa Fé. Porém, o que se vê são obras que estão paralisadas há mais de quatro meses.
De acordo com relatos de artesãos ao deputado Toinho, a categoria já passa por necessidades financeiras, uma vez que os compradores deixaram de comparecer, pensando que o local está abandonado.
O artesão Israel da Silva, que trabalha há 17 anos no espaço, afirma que a Casa já foi ponto de referência no turismo da Paraíba, mas, hoje se encontra esquecida. “Não temos visitação, só não passamos fome porque temos alguns poucos clientes fiéis que procuram nosso serviço”, destacou.
O artesão Dimas da Silva, conta que não existe nenhuma divulgação do governo do estado, e que a única autoridade que ouviu os apelos dos artesãos foi o deputado. “Os ônibus de turistas passam por aqui, nem entram, porque não sabem que o lugar está funcionando, também porque não existe nenhum tipo de divulgação e até agora, somente o deputado veio nos socorrer e lutar pela melhoria do nosso trabalho”, declarou Dimas.
Para o deputado Toinho do Sopão este é mais um caso que provoca revolta, uma vez que o Governo do Estado deveria cuidar melhor dos artesãos paraibanos.
A Casa do Artesão foi criada em 1983 e foi a primeira loja de artesanato da Capital, funcionando por muitos anos como centro de distribuição das peças.
Conta com 62 boxes, mas, atualmente, apenas cerca de 40 artesãos comercializam no local. As peças são de diversas tipologias, como: cestaria, cipó, vime, cerâmica, entalhe, brinquedos populares, entre outras.
A responsabilidade pela coordenação do espaço do artesão é do secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano.
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