O líder peemedebista na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), afirmou nesta quarta-feira (6) que o partido considera “adequada” a decisão do PT de fechar questão em torno da aprovação das medidas provisórias do ajuste fiscal e que, por isso, o PMDB também apoiará as MPs. Na noite de terça, Picciani havia anunciado que o PMDB tinha retirado o apoio às medidas enquanto a bancada do PT não fechasse questão, o que, em tese, pode resultar em sanções partidárias aos deputados petistas que não obedecerem à orientação.
O plenário da Câmara iniciou na tarde desta quarta a sessão para votar a MP 665, que torna mais rigorosas as regras para concessão do seguro-desemprego. A votação foi adiada nesta terça (5), após o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter invertido a ordem da pauta para votar a chamadaPEC da Bengala, aprovada pelo plenário.
No início da sessão desta quarta, o líder petista na Câmara, Sibá Machado (AC), anunciou que o partido fechou questão em torno da votação.
“O líder Siba Machado fez o posicionamento que, no momento, nós consideramos adequado, defendendo a importância do ajuste, afinal de contas é o partido que lidera a coalizão do governo, que lidera a política macroeconômica, que lidera as decisões do governo. Isso nos dá o conforto que o PMDB solicitava na noite de ontem”, afirmou Picciani no plenário.
Logo depois, ao G1, o líder do PMDB comentou que o PT “agora fez o correto. Assumiu a defesa da bancada”.
O deputado, no entanto, fez a ressalva de que – embora as MPs tenham o apoio do PMDB, maior bancada da Câmara, com 67 deputados; o PT é a segunda, com 64 – liberará os outros partidos integrantes do bloco liderado pelo PMDB para votarem como quiserem. “O encaminhamento do nosso bloco, que é um encaminhamento coletivo de sete partidos, é de liberar a bancada”, disse Picciani.
A outra MP do ajuste fiscal, a 664, que torna mais rigorosas as regras para concessão de pensão por morte, não tem previsão de votação nesta quarta. Ambas as medidas encontram resistências no Congresso e são criticadas por centrais sindicais. O governo alega que as medidas vão contribuir para uma economia de R$ 18 bilhões, em um momento de necessidade de reequilíbrio das contas públicas.