Após flagra de compra de votos, eleições em Areia terá segundo turno com ações judiciais contra mandato de Dra. Silvia

A cidade de Areia, no Brejo paraibano, poderá ter as eleições decididas na Justiça Eleitoral, após a denúncia de compra de votos envolvendo funcionários da prefeitura. Na última sexta-feira (4), dois servidores municipais foram presos pela Polícia Civil enquanto distribuíam cestas básicas a moradores da cidade, em troca de votos. Os alimentos estariam sendo entregues em veículos oficiais, adesivados com materiais da atual gestão, em um claro indício de abuso de poder político.

As cestas básicas foram apreendidas pela polícia. Segundo as investigações, várias outras cestas já teriam sido distribuídas pela cidade, o que configura crime eleitoral de captação ilícita de sufrágios. Esse tipo de ação ilegal compromete o resultado das eleições no município, que reelegeu Dra. Silvia (MDB).

No entanto, o candidato que ficou em segundo lugar, João Francisco (PSDB), já anunciou que entrará com uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE). O advogado Diego Fabrício, que representa o candidato, afirmou que foram coletadas provas robustas, incluindo depoimentos e informações que indicam o abuso de poder político por parte da gestão municipal.

“A prática de compra de votos é uma grave violação da democracia. Com as provas que conseguimos reunir, temos confiança de que a Justiça cassará o mandato da prefeita reeleita e determinará sua inelegibilidade por oito anos”, declarou o advogado.

Se as denúncias forem aceitas e confirmadas pela Justiça, Dra. Silvia poderá perder o mandato, uma vez que não obteve mais de 50% dos votos válidos, o que permitiria a João Francisco assumir a prefeitura.

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