Publicado em: 17 nov 2015

Antonia Morais comenta foto polêmica com folha de maconha

Filha de Glória Pires e Orlando Morais, assim que lançou o EP ‘Milagros’, Antonia Morais fez apresentações intimistas, como um show para amigos em seu próprio apartamento em São Paulo. No dia 5, vai encarar grandes multidões no evento de música alternativa Rock the Moutain, que acontece no Rio. “Me entrego 100% e me preparo arduamente. Estar no palco é mais do que fazer show, é um ritual religioso”, afirma. Aos 23 anos, Antonia diz que tira de letra a pressão por ser filha de quem é. “Já me importei mais com isso, hoje nem tanto. Não acho saudável manter isso em mente”.

Sem rodeios, Antonia não foge do assunto quando perguntada sobre a polêmica foto que postou recentemente nas redes sociais, usando uma jaqueta onde se lia a palavra ‘legalize’, com uma folha da planta de maconha estampada. “Meus pais sempre foram muito liberais, me deram liberdade para me expressar e me vestir da forma que quisesse. Não existe falso moralismo na minha casa. Sou a favor do livre arbítrio e de cada um saber o que faz da própria vida”, diz ela, que bateu um papo com a coluna de Bruno Astuto da Época:

O que tem a dizer sobre a repercussão da foto com a folha de maconha estampada na jaqueta que postou em seu Instagram?

Meus pais sempre foram muito liberais. Sempre tive muita liberdade para me expressar, dar minhas opiniões, me vestir da forma que quisesse. Mas também sempre fui muito bem orientada e não julgada. Não existe falso moralismo na minha casa. Sou a favor da liberdade de expressão, sem que isso vire um rótulo vazio. Sou a favor do livre arbítrio e sou a favor de cada um saber o que faz da própria vida.

É algo muito pessoal, cada um tem uma forma de se expressar e uma forma de lidar com isso. No meu caso foi uma necessidade, uma urgência. A fórmula para mim foi seguir meu coração e não dar ouvidos a ninguém. Me dar essa oportunidade de presente e não pensar nos resultados que isso poderia me trazer.

antonia_legalize.jpg

Qual a maior dificuldade em produzir um trabalho 100% autoral?

Acho que a maior dificuldade é quando chega o momento de abrir mão do controle sobre a sua criação, por mais dolorido que isso seja. Como foi um processo muito interiorizado, muito autoral e muito solitário, no primeiro momento foi muito difícil para mim, aceitar que depois que você compartilha sua arte, ela deixa de ser só sua. Acho que é o mesmo sentimento que algumas mães têm em relação ao primeiro filho. E eu, no caso, sou uma ‘mãe’ leonina possessiva. Mas estou aprendendo com tudo isso.

O que o público pode esperar da sua performance no Rock the Moutain em dezembro?

Já fiz alguns shows do meu EP, com públicos diferentes e é sempre muito interessante. Gosto de analisar as pessoas que estão me assistindo e como elas reagem a cada coisa que eu faço. Eu não tenho medo, eu escolhi isso pra mim. Me entrego 100% e me preparo arduamente. Não só tecnicamente, como também espiritualmente. Vejo mais como um ritual religioso do que como um show.

Qual a importância da música na sua vida?

Nossa… é tão complexo. Já pensei nisso várias vezes, mas não sei se consigo explicar nem para mim mesma. Gosto de todos os ritmos, o que me faz gostar de uma música é a sensação que ela me traz. A música para mim é uma religião, é um combustível, é um vicio. E me dá super poderes.

Tentou fugir do DNA artístico da família?

Não, sempre soube que eu não teria para onde fugir. A arte é um universo muito vasto e tem muitas possibilidades. Ainda quero explorar muito esse universo.

E sua carreira como atriz, a quantas andam?

Por enquanto, estou focando na minha atuação nos palcos, durante meus shows, mas minha performances e etc.

Que conselhos sua mãe, e principalmente seu pai, lhe deram nesta nova jornada musical?

Meus pais sempre me incentivaram a ser exatamente quem eu sou, seguir meu coração, fazer o que me faz feliz e não ter medo.

A pressão por ser filha da Glória, do Orlando e irmã da Cleo deve ser grande…como lida com isso?

Já me importei mais com isso, hoje em dia não tanto. Acho que no fim das contas, não faz diferença. Essa ‘pressão’ não vai interferir no que eu quero e no que vou fazer. Cada pessoa tem um caminho, uma vontade. Não acho saudável manter isso em mente.

 

Com informações do Época



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