Antônia Fontenelle é intimada a depor em inquérito que apura xenofobia
A influencer Antônia Fontenelle foi intimada a prestar depoimento da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) em um inquérito que apura o suposto crime de xenofobia, que teria sido cometido por ela ao comentar o caso de agressões do Dj Ivis contra sua ex-esposa, em julho.
O procedimento foi aberto pela Polícia Civil da Paraíba e encaminhado para a Polícia Civil do Rio de Janeiro. A influencer chamou o músido de “Paraíba” e ao ser criticada por causa disso, alegou que era apenas uma expressão para quando alguém faz “paraibada”. Ela será ouvida na sexta-feira (20) pelo delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves.
Os vídeos das agressões foram divulgados por Pâmella, ex-esposa do DJ, no dia 11 de julho e, no dia seguinte, Antônia publicou a mensagem. “Esse ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”, disse.
A reação foi imediata nas redes sociais e Antônia continuou: “Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram para agora me acusar de xenofobia. De novo? Não cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. (…) Porque eu falei ‘esses paraíbas’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’eu me refiro a quem faz ‘paraibada’, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, disse.
O crime de xenofobia está previsto no artigo 20 da lei 7.716/89, e consiste em praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional e tem pena de reclusão de um a três anos, além de multa. O delegado Pedro Ivo, da 1ª Delegacia Seccional da Polícia Civil da Paraíba, solicitou a abertura de um inquérito para apurar os fatos no dia 15 de julho.
“O inquérito visa a apuração das falas aparentemente xenofóbicas cometidas pela senhora Antônia Fontenelle através da internet. As expressões utilizadas por ela, como paraibada e paraíba, aparentemente caracterizam o crime previsto na chamada lei do racismo, que prevê penas para condutas criminosas de intolerância no geral”, informou o delegado, na época.
Após o interrogatório a Polícia Civil da Paraíba vai decidir se a influencer será indiciada ou não. O prazo para finalizar a investigação é de 30 dias, podendo ser renovado.
A influencer não se manifestou a respeito da intimação.
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