Publicado em: 8 jan 2015

AMPB quer Delegado para apurar delitos cometidos contra juiz em Santa Rita

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A Associação dos Magistrados da Paraíba divulgou nota pública de apoio ao juiz Aluizio Bezerra Filho, vítima de agressões, ameaças, injúrias e calúnias por ocasião de uma manifestação por um grupo de 20 pessoas recrutadas que interditou a BR 230.

Na nota, a AMPB está requerendo ao Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Claudio Lima, a designação de um Delegado especial para instaurar inquérito policial e apurar a responsabilidade dos vários delitos praticados, como também, quem financiou, bancou e custeou as despesas, visto que muitas pessoas se mostraram carentes e pobres, além da falta de conhecimento para escrever as faixas com redação direcionada para ofender aos órgãos da Justiça, causar desordem pública e desqualificar autoridades.

Também será objeto de investigação o uso e desvio de dinheiro público para a realização do ato de vandalismo.

O bando que causou tumulto e baderna na via pública tinha pessoas encapuzadas, e teria sido organizado por um Sargento da Polícia Militar a mando de políticos locais inconformados com a decisão do juiz que determinou o retorno do prefeito eleito Reginaldo Pereira, cuja decisão foi mantida pelo TJPB e também pelo STJ.

Veja a Nota Pública da AMPB:

A Associação dos Magistrados da Paraíba vem a público promover os devidos esclarecimentos sobre a realidade dos fatos e manifestar sua indignação contra ofensas imputadas ao juiz Aluízio Bezerra Filho, no exercício da judicatura, em protestos ocorridos na cidade de Santa Rita (PB):

1 – O magistrado, na condição de juiz convocado para integrar o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba, decidiu em Agravo de Instrumento, no último mês de dezembro, o deferimento de tutela recursal suspendendo decisões da Câmara Municipal de Santa Rita, cujo efeito jurídico foi a reintegração no cargo do Agravante, que vem a ser o prefeito eleito constitucionalmente.

2 – Contra a decisão monocrática do citado magistrado foi impetrado mandado de segurança, cuja liminar foi indeferida pelo desembargador José Ricardo Porto, mantendo assim, a decisão atacada.

3 – Insatisfeitos ainda, os terceiros interessados ajuizaram ação perante o Superior Tribunal de Justiça, cabendo ao ministro Francisco Falcão indeferir o pedido, e assim, mais uma vez ,ficar mantida a decisão prolatada pelo juiz Aluizio Bezerra Filho.

4 – Como se vê, ao ser mantida por duas vezes, inclusive pelo STJ, a decisão do magistrado se mostra robusta, estudada e bem fundamentada.

5 – O juiz Aluizio Bezerra Filho ao longo de seus 22 anos de magistratura tem se apresentado com eficiência, sabedoria e uma conduta exemplar, sem que haja registro em sua ficha funcional de máculas ou fatos desabonadores.

6 – A livre expressão de manifestação ou ato de protesto é um direito constitucional, mas as ofensas e agressões não estão imunes aquele exercício, de modo que, a AMPB lamenta que pessoas do povo, em reduzido número, sejam usada para atingir fins à margem do estado de direito.

7 – Assim, a AMPB presta integral solidariedade ao seu associado e repudia afronta às prerrogativas e garantias da judicatura, para não permitir o desrespeito aos membros do Poder Judiciário, atuando assim, na defesa de prestígio e credibilidade.

8 – Por fim, a AMPB está requerendo ao Secretário de Segurança Pública de Defesa Social, a designação de um Delegado para que se instaure inquérito a fim de apurar a condutas típicas dos resonsáveis pela ofensa a direitos, leis e a ordem pública.

João Pessoa, 7 de janeiro de 2015.

Juiz Horácio Melo

Presidente da AMPB

Fonte: AMPB e Assessoria




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