Publicado em: 10 mar 2014

Alerta! Menino de 6 anos morre de meningite bacteriana em João Pessoa

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Um menino de seis anos morreu de meningite bacteriana no sábado (8), em João Pessoa, após dar entrada no Hospital João Paulo II, no Centro da capital, com queixas de sinusite e otite. Ele chegou a sofrer quatro paradas cardíacas e convulsões e não pôde ser transferido para o Hospital Universitário, referência no tratamento da doença, de acordo com Ana Cristina Lira, coordenadora médica do hospital.

“De acordo com a mãe, ele se queixava de dores há 24 horas e vômito, mas não tinha febre nem dor na nuca, rigidez, secreção ou tosse”, explicou a coordenadora. Ela ainda afirmou que três médicas acompanharam o menino e os primeiros sinais de problemas mais sérios apareceram quando o resultado do exame de sangue acusou uma taxa elevada de leucócitos.

“Os leucócitos dele estavam em 18 mil. O normal é entre 5 e 10 mil. A médica responsável então pediu a internação e iniciou o tratamento com antibióticos porque quando os leucócitos estão em baixa, o problema é viral. Se estiveram em alta, é bacteriano”, explicou Ana Cristina.

Menos de seis horas depois da entrada da criança no hospital, o quadro evoluiu e piorou e o menino começou a apresentar rigidez na nuca. “Assim que a suspeita de meningite se apresentou, nós entramos em contato com o Hospital Universitário e conseguimos uma vaga. Pedimos ambulâncias para a transferência, mas ele sofreu quatro paradas cardíacas em um espaço de tempo muito pequeno. Mesmo após ele ter sido entubado, não estava com o quadro estável para ser removido”, afirmou a coordenadora médica do hospital.

A infectologista Helena Germóglio, da comissão de infecção hospitalar do Hospital João Paulo II, disse que o diagnóstico inicial da meningite é sempre empírico. “Como ele entrou com uma otite e evoluiu de forma grave, apresentando até convulsões, se pensou que podia ser uma meningite secundária a um foco, fechada, que não apresenta contágio. Infecções como otite, sinusite e mastoidite podem levar à meningite”, explicou a médica.

Ainda de acordo com Helena Germóglio, o hospital tomou as medidas profiláticas para evitar infecções, mesmo a meningite apresentada pela criança não sendo do tipo contagioso. “O diagnóstico pós morte apresentou meningite bacteriana como causa do óbito porque as meninges estavam contornadas de pus”, informou a infectologista.

“A profilaxia deve ser feita em quem teve contato íntimo e direto com o paciente infectado ou com alguma secreção. A profilaxia não é aplicada em todos os tipos de meningite nem em todas as pessoas no mesmo local onde o paciente está, mas nós optamos por esse método para tranquilizar os pais e os demais pacientes”, explicou Helena Germóglio.

 

Portal do Litoral PB com Assessoria




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