Publicado em: 28 jan 2025

Agricultoras assentadas comercializam no Salão do Artesanato Paraibano

Agricultoras do assentamento da reforma agrária Tiradentes, localizado no município de Mari, na região da Zona da Mata paraibana, estão expondo e comercializando peças de artesanato no 39º Salão do Artesanato Paraibano, que foi aberto em 10 de janeiro e funcionará até 2 de fevereiro na orla marítima de João Pessoa.
Mais de 500 artesãos de todas as regiões da Paraíba estão participando do evento com peças artesanais em diversas tipologias, como bordado, brinquedos populares, madeira, metal, renda renascença e papel, esta última é a homenageada desta edição, que tem como tema “Qual o seu papel?”, trazendo um conjunto de reflexões para a sociedade sobre o artesanato, com foco principal na sustentabilidade.
A expectativa da organização do evento é que mais de 100 mil pessoas passem pelo espaço de 6 mil metros quadrados construído no estacionamento do Hotel Tambaú, na praia de mesmo nome, e que o volume de vendas e encomendas girem em torno de R$ 4 milhões. O Salão do Artesanato é uma realização do Governo da Paraíba e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e está aberto todos os dias da semana, das 16h às 22h, com atrações musicais, culinária regional e uma vasta programação cultural. A entrada é 1 quilo de alimento não perecível.
As peças de artesanato produzidas pelas quatro agricultoras assentadas vinculadas à Cooperativa de Produção Agropecuária do Assentamento Tiradentes (Cooperat) estão sendo comercializadas no estande da Economia Solidária, associado à Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária (Sesaes) da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano da Paraíba (SEDH).
Uma das agricultoras-artesãs com peças no estande é Sueli Soares de Lima, 51 anos, que concilia os cuidados com as lavouras de milho, mandioca, feijão e batata-doce, além do manejo de fruteiras, na parcela do assentamento onde mora com o marido e um filho, com a produção de peças que utilizam feltro, tecidos e materiais reciclados, como quengas de coco e embalagens plásticas de produtos de beleza. Das mãos de Sueli nascem bonecas, batedores de porta, porta papel-higiênico e outras peças decorativas que custam entre R$ 50 e R$ 85.
Ela contou que começou a trabalhar com peças artesanais há cerca de 30 anos e que atualmente dá aulas de artesanato para outras mulheres do assentamento Tiradentes duas vezes por semana.
“Amei demais o espaço, que está cheio de cultura. Uma feira assim é uma forma de valorizar nosso trabalho”, afirmou Sueli.
Outras três agricultoras do assentamento Tiradentes, distante cerca de 65 quilômetros da capital paraibana, estão expondo seus produtos no estande da Economia Solidária: Rosinete do Nascimento Sousa (mel); Maria das Dores de Almeida Meirelles (crochê) e Luciene pedro da Silva (crochê).
Para a coordenadora da Central de Beneficiamento e Comercialização da Agricultura Familiar e Economia Solidária (CBCafes) do município de Sapé, que também atende os agricultores familiares de Mari, Kallidyany Nunes Barreto, o salão do artesanato “é uma vitrine para o mundo”.
“Não se trata apenas da comercialização, de geração de renda. O evento é uma oportunidade de divulgar o trabalho de artesanato produzido pelas agricultoras assentadas”, disse Kallidyany.
Foto: Assessoria
Assessoria



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