Publicado em: 7 dez 2020

Agevisa destaca cuidados especiais para pessoas com HIV/Aids no contexto da Covid-19

A Agência Estadual de Vigilância Sanitária dedicou a edição desta semana do informativo radiofônico Momento Agevisa (disponível em agevisa.pb.gov.br/servicos/audios) à campanha Dezembro Vermelho de conscientização e combate ao HIV/Aids, lançada pelo Governo da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Saúde, no Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro).

Em face de sua atuação direta no enfrentamento ao coronavírus, a Agevisa/PB focou atenção especial no alto grau de vulnerabilidade das pessoas soropositivas frente à ameaça da Covid-19. “Por terem seus sistemas imunológicos enfraquecidos pela ação do HIV, tais pessoas ficam mais expostas à forma mais grave da Covid-19, que se beneficia da imunidade baixa para atacar o organismo humano”, observou a diretora-geral Jória Viana Guerreiro.

Para tratar do tema da campanha Dezembro Vermelho relacionando-o à Covid-19, a Agevisa conferiu destaque a orientação contida em documento divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para que todas as pessoas que vivem com HIV procurem os serviços de saúde a fim de garantir que eles tenham estoques adequados de medicamentos essenciais.

Segundo o Unaids, apesar da expansão do tratamento da Aids nos últimos anos, há no mundo em torno de 15 milhões de pessoas com HIV e sem acesso à terapia antirretroviral, fato que compromete seus sistemas imunológicos e ainda pode agravar seus quadros de saúde no caso de serem infectadas pela Covid-19.

Riscos ampliados – O Unaids recomenda às pessoas com HIV que tomem todas as medidas de prevenção para minimizar a exposição e prevenir a infecção pelo coronavírus. Tal como na população em geral, o programa das Nações Unidas sobre Aids lembra que pessoas idosas com HIV ou pessoas que convivem com HIV e problemas cardíacos ou pulmonares podem estar em maior risco de infecção e de apresentarem as formas mais graves da Covid-19, que já matou quase 1 milhão e 500 mil pessoas em todo o mundo.

Até que se saiba mais sobre a Covid-19 e que sejam concretizados os meios de vacinação em massa contra o coronavírus, o Unaids diz ser importante que as pessoas com HIV (especialmente aquelas com doenças avançadas ou com pouco controle do vírus) tenham à disposição recargas suficiente de seus medicamentos para HIV a fim de não precisarem se deslocar com frequência aos serviços de saúde em busca de tratamento e de medicação. Além disso, devem ser cautelosas e prestar muita atenção às medidas de prevenção à Covid-19.

Dispensação trimestral – Para diminuir a exposição das pessoas com Aids aos riscos de contrair Covid-19, o Unaids defende a redução da necessidade de acesso ao sistema de saúde por meio da implementação completa da dispensação de três meses ou mais de tratamento contra o HIV. O programa também sugere que os serviços de saúde estejam disponíveis para todas as pessoas que vivem ou que estejam em risco de infecção pelo vírus HIV com estrutura para a garantia da disponibilidade de preservativos, da redução de danos, da profilaxia pré-exposição e da testagem de HIV, entre outros insumos da prevenção combinada.

Destaca-se ainda a defesa de que o acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento da Covid-19 seja amplamente garantido às pessoas com HIV/Aids, e que os governos invistam no combate à discriminação que afeta a dignidade humana dessas pessoas, assim como, na atualidade, daqueles que são infectados pelo coronavírus.

Atendimento na Paraíba – Em face da situação pandêmica provocada pelo coronavírus, as atividades na Paraíba, neste ano de 2020, foram programadas pela Secretaria de Estado da Saúde para o formato essencialmente virtual, com eventos on line sobre o quadro atual relacionado ao tema HIV/Aids no Estado. Contudo, também haverá ações pontuais de testagem na população em geral e distribuição de preservativos.

Conforme a SES/PB, na Paraíba, o Governo do Estado mantém uma rede de serviços especializada e capacitada para prestar o melhor atendimento possível às pessoas soropositivas. O Complexo Hospitalar Clementino Fraga é a referência estadual no tratamento do HIV/Aids e oferece ao público Atendimento Domiciliar Terapêutico (ADT) e serviço de assistência diária prestada por uma equipe multidisciplinar.

O “Clementino” também oferece atendimento odontológico voltado para pacientes com HIV/Aids, os quais, devido ao preconceito, ao desconhecimento e ao medo, não encontram atendimento nos consultórios convencionais. Há ainda serviços como o “Hospital Dia”, especializado para urgências em pacientes com HIV/Aids e o Serviço de Assistência Especializada (de caráter ambulatorial), que acompanha o paciente com HIV/Aids ao longo de sua enfermidade.

No Clementino também são oferecidos Serviços de Orientação Psicológica e Aconselhamento e de Assistência Social, que atuam no pré e pós Exame de HIV para pacientes em geral e para gestantes; na orientação para sexo seguro; na entrega de preservativo, na realização de terapias individuais e coletivas e no encaminhamento dos pacientes para o acesso aos bens e serviços públicos disponíveis.




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