Publicado em: 15 maio 2020

Agevisa celebra Dia de Combate à Infecção Hospitalar e defende Segurança do Paciente nos serviços de saúde

O Calendário Nacional de Saúde vigente no Brasil reserva a data de 15 de maio à celebração do Dia de Combate à Infecção Hospitalar. A data foi pensada para estimular e ampliar o debate sobre a importância do comprometimento de toda a sociedade na busca e adoção de meios eficientes para aperfeiçoar a assistência à saúde em todos os níveis, com foco especial na segurança do paciente.

Em face da relação direta do tema com a saúde e a própria vida das pessoas, notadamente nesta época de pandemia mundial causada pelo coronavírus, a Agência Estadual de Vigilância Sanitária, por meio da diretora-geral Jória Viana Guerreiro, ressaltou, nesta sexta-feira (15), a importância dos cuidados com os procedimentos e os ambientes, seja nos locais de atenção à saúde, em casa, nas vias públicas, nos pontos comerciais ou em qualquer outro local em que a pessoa esteja. O assunto também foi destaque na edição do informativo radiofônico Momento Agevisa de quinta-feira (14), dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara (AM-1110 e F-105.5).

As infecções hospitalares, conforme a diretora da Agevisa/PB, são identificadas hoje pela sigla “Iras” (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde), e abrangem, além dos casos relacionados aos hospitais, os procedimentos realizados em unidades públicas e privadas de saúde, incluindo Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ambulatórios, serviços de diálise, de radiodiagnóstico, de radioterapia etc.

Jória Guerreiro lembrou que o combate às Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde no Brasil tem suporte no Programa Nacional de Segurança do Paciente instituído pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria nº 529/2013. A iniciativa, segundo ela, foi concebida visando à qualificação do cuidado com a pessoa humana em todos os estabelecimentos de saúde no território nacional, de forma a reduzir a um mínimo aceitável os riscos de danos desnecessários associados aos cuidados com a saúde.

Cultura de segurança – Sobre o assunto, o diretor-técnico de Saúde da Agevisa/PB, Geraldo Moreira de Menezes, defendeu a disseminação de uma cultura de segurança que envolva os profissionais de saúde (incluindo dirigentes e trabalhadores dos serviços de saúde), os pacientes e também os familiares dos pacientes em todos os momentos da atenção à saúde.

Nos termos da Portaria 529/2013-MS, citada pela diretora-geral da Agevisa, Jória Guerreiro, a cultura de segurança mencionada por Geraldo Moreira se configura a partir de características segundo as quais os trabalhadores (incluindo gestores e profissionais envolvidos no cuidado ao paciente) assumem responsabilidades pela sua própria segurança e pela segurança de seus colegas e dos pacientes e familiares.

“Nesse cenário, a segurança das pessoas tem prioridade sobre as metas financeiras e operacionais dos serviços de saúde; as pessoas são encorajadas a identificar, notificar e buscar as soluções para os problemas que possam ocorrer, e os incidentes são encarados como meio de promoção do aprendizado organizacional”, explicou o diretor técnico.

Gestão de risco – Geraldo Moreira também ressaltou a obrigatoriedade da gestão de risco nos serviços de saúde, que são responsabilizados pela aplicação de iniciativas, procedimentos e recursos na avaliação e controle dos riscos e eventos adversos que afetem a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional. Nesse processo, o diretor-técnico de Saúde da Agevisa/PB disse ser obrigatória e importante a implantação, nos serviços de saúde, dos Núcleos de Segurança do Paciente previstos na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2013, da Anvisa.

Nos termos da RDC mencionada por Geraldo Moreira, os Núcleos de Segurança do Paciente devem ser estruturados nos serviços de saúde públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. “Trata-se de um componente extremamente importante na busca pela qualidade das atividades desenvolvidas nos serviços de saúde, e uma de suas funções primordiais é a integração das diferentes instâncias que trabalham com riscos na instituição, considerando o paciente como sujeito e objeto final do cuidado em saúde”, explicou o diretor.

Notificação de Eventos Adversos – Geraldo Moreira ressaltou ainda a obrigatoriedade da notificação dos incidentes e eventos adversos junto ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), por parte dos serviços de saúde. Ele observou que tal notificação também pode ser feita, voluntariamente, por qualquer cidadão, seja ele o próprio paciente ou familiar, acompanhante ou cuidador de paciente.

“Quando consideramos que o combate à infecção hospitalar está intimamente ligado às ações de segurança do paciente, podemos imaginar uma série de medidas complicadas que só podem ser pensadas e desenvolvidas pelos profissionais especializados em saúde”, comentou Geraldo Moreira. E acrescentou: “Não podemos esquecer, entretanto, que dentre as principais e mais importantes formas de prevenção do problema está uma das atitudes mais simples que pode ser priorizada pelo ser humano: a higienização das mãos e dos ambientes por ele frequentados”.

No caso dos serviços de saúde, a higiene das mãos deve ser feita à base de água, sabão (ou sabonete) e álcool a 70% pelos profissionais da saúde envolvidos no tratamento e também pelos familiares e/ou visitantes dos pacientes.Área de anexos




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