Aécio diz que não vê Campos como adversário e acha que estarão juntos em 2015
Aécio e Campos protagonizaram nesta sexta-feira o primeiro debate entre pré-candidatos à Presidência durante o Fórum de Comandatuba, encontro de empresários organizado pelo Lide na ilha de Comandatuba, na Bahia. A presidente Dilma Rousseff foi convidada, mas informou que não poderia comparecer.
— Não consigo ver o Eduardo como adversário. Somos companheiros do mesmo sonho, queremos a mesma coisa — disse o tucano durante sua apresentação inicial no fórum. Ao final do discurso, ele completou: — Não vejo como, a partir de 2015, não estarmos eu, (Eduardo) Campos e Marina (Silva) no mesmo projeto de País.
— Não vi ele falar claramente que se dispõe a manter as conquistas sociais. Não vi dizer que independente dos partidos quer fazer uma governabilidade programática, recrutando os melhores de todos os partidos.
Marina defendeu que sua candidatura com Campos propõe discussões com todos os partidos, desde que seja em torno de projetos e programas de governo — e não tendo em vista a negociação de cargos públicos.
— O PT ganhou e teve que ser tutelado pela velha república, na figura simbólica do presidente (José) Sarney. O PSDB ganhou e foi tutelado na figura simbólica do senador Antônio Carlos (Magalhães). É hora de enterrar a velha república e abrir um novo diálogo. Se ganharmos, para mim não é nenhum problema conversar com Lula ou conversar com Fernando Henrique, desde que seja em cima de programas. E isso não se faz distribuindo pedaços do Estado em troca de apoio.
O primeiro debate entre os presidenciáveis foi marcado por críticas ao governo Dilma Rousseff, que tomaram mais tempo do que as propostas de campanha dos pré-candidatos. Os rumos da economia, a deficiência da infraestrutura e o descontentamento da opinião pública foram os principais pontos levantados pelos futuros candidatos.
Aécio, por exemplo, declarou que o governo federal demorou para aceitar a privatização de alguns setores, como a construção de rodovias, o que, na opinião dele, atrasou o desenvolvimento do país em dez anos.
Com G1
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