Abel indica titularidade a Guarin, admite más atuações e defende suas escolhas no Vasco
Com a greve de entrevistas dos jogadores do Vasco, por conta dos salários atrasados, Abel Braga conversou com a imprensa nesta quarta-feira, antes do treino na véspera do duelo contra o ABC, pela segunda fase da Copa do Brasil. Alvo de críticas e de protestos por parte do torcedor, o treinador reconheceu que o time teve uma atuação ruim contra o Resende, disse entender a torcida vascaína e espera uma atuação convincente nesta quinta, na Copa do Brasil.
– Não agradou nada. Nem ao torcedor, nem a nós, nem aos jogadores. Esperávamos uma equipe mais solta contra o Resende. E não ocorreu. E a manifestação do torcedor é muito clara e evidente. Já há um bom tempo o Vasco vem lutando contra uma série de problemas. O torcedor, mesmo nessa dificuldade, pode sair insatisfeito, mas ele vai lá e incentiva. Não temos nada a reclamar nada do torcedor, porque estamos completamente compactuados com eles em relação ao que apresentamos até agora.
– Esperamos passar amanhã na Copa do Brasil. É fundamental. Com todo respeito ao ABC, que tem um futebol muito vertical, nós temos que passar. É a minha vontade e dos jogadores que tenhamos uma atuação convincente – disse Abel.
O treinador deixou aberta a possibilidade de iniciar o jogo com Guarín, mas frisou que o colombiano ainda não tem condições de jogar todo o jogo.
– Conversei com o Guarín ontem. Ele não tem condições de suportar 90 minutos. No jogo passado, corremos certo risco para colocá-lo em campo. Jogou um tempo e mostrou a capacidade que tem mostrado nos treinamentos. Mas ontem, conversando, ele disse que ainda não tem condições de jogar o jogo todo. A possibilidade de começar com ele é boa, fazendo o contrário, começando e saindo depois. Pode ser que dê uma carga emocional, de experiência e qualidade à equipe desde o início. Estamos analisando.
Benítez fora
Se conta com Guarín, o mesmo Abelão não pode dizer sobre Martín Benítez. Recuperando-se de um problema na coxa e ainda com pendências com a documentação, ainda não será nesta quinta-feira que o argentino fará sua estreia pelo Vasco.
– No primeiro jogo da Sul-Americana, contra o Fortaleza, ele teve uma contusão na coxa e não está 100%. Ontem ele participou do aquecimento, deu para ver que ele está entusiasmado, contende e feliz. Chegou aqui e encontrou o Guarín e o Cano, que falam o mesmo idioma. Mas ele ainda não está liberado pelos departamentos médico e jurídico.
Abel ainda defendeu a formação com três atacantes e suas opções para o setor ofensivo.
– Nós vamos jogar sempre com três atacantes. Vocês me conhecem há muito tempo e sabem que sempre foi assim, desde lá atrás. (O ataque) pode ser Ribamar, Cano e Marrony. Se não for o Ribamar, pode ser o Thiago Reis. Pode ser o Vinícius também. Estamos estudando o adversário.
Abel Braga, Vasco x Cabofriense — Foto: André Durão
Outros trechos
Ambiente e silêncio do elenco
O vestiário está ótimo. Foi uma maneira que eles encontraram para mostrarem que estão aqui. Esse problema não vem de duas semanas. Esse problema acontece há tempos.
Jogadores afastados
É um fato que já estava definido. Não é um fato legal. São jogadores que não se encontram dentro daquilo que o clube pretende, a nível de grupo. Não estão treinando comigo. Há a possibilidade de saída e mudança de clube. Isso já estava definido quando fui contratado. Hoje nós temos, sem contar esses jogadores, 32 jogadores, incluindo Ramon e Breno, e quatro goleiros. É um número elevado. Mas com temos muitos meninos, quase 50%, 60% de garotos, tem andado muito bem.
Importância da vaga
Para nós é fundamental, não é só esses fatos que você falou. É você ir adiante. Há pouco começou uma Sul-Americana, com seis brasileiros. Hoje só tem dois. Passando, na próxima semana temos outro jogo, contra Santo André ou Goiás. Mas sabemos que do outro lado tem um adversário na mesma situação.
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