Publicado em: 29 nov 2013

IBGE aponta aumento de carteiras assinadas na PB, mas alerta para envelhecimento da população

1369848672753-empregoO analista econômico do IBGE, Jorge Souza Alves, avaliou nesta sexta-feira (29) os dados apresentados pelo órgão referentes a economia e cenário social da Paraíba. Para o analista a sociedade paraibana acompanhou as transformações brasileiras nos últimos anos. “Em termos de mercado de trabalho constatamos um crescimento muito grande na população ocupada e na formalização de contratos. Um número cada vez maior de trabalhadores passou a contar com carteira assinada”, constatou o analista.

Segundo o pesquisador, outra característica apontada na pesquisa foi um crescimento real nos rendimentos dos trabalhadores o que implicou em mais acesso ao consumo e possibilitou uma redução na diferença social entre as pessoas, regiões e sexo.

Entre os fatores que possibilitou essa melhora, no entender de Alves, foi a política de melhoria do poder aquisitivo do salário mínimo. “Isso já tem acontecido desde a década de 90 e mais ainda nesses últimos 10 anos”, lembrou. O analista explicou que essa política de transferência de renda aos historicamente excluídos de medidas protetivas do aparelho estatal, gerou algumas das mudanças econômicas verificadas na pesquisa.

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Crescimento da População – Os dados do IBGE, mostraram que em termos demográficos a Paraíba manteve a tendência de um crescimento da população com taxa decrescente, acentuando o envelhecimento da população, com conseqüente impacto no mercado de trabalho.

Questionado se as melhoras nos indicadores sociais podem ser creditas a algum governo, o analista revelou que esses são dados que refletem mudanças a longo prazo. “Indicadores sócio-demográficos se transformam lentamente ao longo do tempo. Fatores educacionais que melhoraram no Brasil, são resultado de políticas públicas feitas nos anos 80 e 90 e que foram dadas continuidade. Só no médio e longo prazo é dado a mudança”, argumentou.

Segundo Alves, há uma interação entre os três Poderes Públicos e fica difícil mensurar a contribuição de cada ator social nas melhoras dos índices. “Fica difícil atribuir a um ator público, num curto espaço de tempo, em termos de analises de conseqüências de políticas públicas e sociais”, finalizou.

 

Paulo Dantas




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