Publicado em: 21 ago 2015

Empregos: Números do Caged de julho serão negativos, diz ministro do Trabalho

A criação de vagas formais de trabalho em julho não foi positiva, informou nesta sexta-feira (21) o ministro o Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Ele não quis adiantar o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que será divulgado na tarde desta sexta-feira (21), mas admitiu que o números serão negativos.

Não tenho exatamente os números, mas os números são negativos”
Manoel Dias, ministro do Trabalho

“Não tenho exatamente os números, mas os números são negativos”, disse Dias, ao participar do Google Day, em São Paulo.

Segundo o ministro, o país está numa fase de adequação. “Nossa expectativa é de que até o final do ano nós possamos retomar e o governo está oferecendo recursos e sua capacidade de investimento que implica em geração de novos postos de trabalho”, disse.

Sobre o aumento do desemprego entre os jovens, segundo mostram as pesquisas do IBGE nos últimos meses, o ministro afirmou que o governo tem varias políticas públicas para “combater esse número negativo”. “O Ministério do Trabalho é responsável pelas políticas públicas da juventude”, disse.

Dias afirmou que há vários programas implementados e que a meta entre 2013 e 2016 era empregar 1.400 aprendizes. “Nós já cobrimos essa meta em maio e estamos desenvolvendo ações no sentido de primeiro conveniar com vários órgãos e entidades para ampliação da contratação de jovens “.

Como exemplo desse convênio ele citou os Correios, que se comprometeram em contratar 2 mil jovens. “Nós queremos ver se até o final do ano colocamos 1,5 milhão de jovens no mercado de trabalho”, disse.

Seguro-desemprego
Ao ser questionado sobre possível aumento dos pedidos do seguro-desemprego com o fechamento de vagas no país, Dias disse que “está normal”.

“Com a alteração do prazo para acesso isso implicou claro na redução de pagamentos mas esse período de redução de emprego claro que aumenta também o fluxo de caixa, mas está dentro da nossa perspectiva”, informou. O governo alterou este ano as regras para o seguro-desemprego,ampliando o tempo de trabalho necessário para ter acesso ao benefício.

Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, durante lançamento de Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na Hyundai em Piracicaba (Foto: Claudia Assencio/ G1)Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, em
imagem de arquivo (Foto: Claudia Assencio/ G1)
Histórico
Em junho, foram fechadas 111 mil vagas de trabalho com carteira assinada, o pior resultado para o mês desde 1992.  Nomês de maio, o país já havia perdido 115 mil postos de emprego formal.

No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, foram fechados 345.417 postos com carteira assinada. O patamar também é o menor para o período desde o início da série histórica, neste caso contabilizada desde 2002. Em 12 meses, o país já acumula a perda de 601.924 postos de trabalho.

FGTS
De acordo com Dias, recursos do FGTS da ordem de R$ 84 bilhões este ano para construção da casa própria para baixa renda que englobam 35 mil unidades vão gerar 3,7 milhões de novos postos de trabalho no Brasil.
Reoneração
Sobre a aprovação do Senado do projeto de lei que reverte parte das desonerações da folha de pagamento, a principal medida do governo para ajustar as contas públicas, o ministro não acha que isso irá afetar a empregabilidade no país. “Eu acredito que não haverá um grande impacto na questão de dispensa porque eu acho que as empresas que tinham que diminuir o seu número de trabalhadores já cumpriram”.
Programa de Proteção ao Emprego
Dias falou ainda sobre o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Segundo ele, duas empresas já entregaram os documentos necessários para participar do programa e a papelada está sendo analisada. “Esperamos assinar já na próxima semana os dois primeiros contratos. Temos mais 20 empresas que estão fazendo o registro do acordo coletivo para também entrar no programa”. Segundo ele, a maioria é do setor de autopeças.

O ministro informou ainda que há R$ 30 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador disponíveis para o microempreendedor, sendo R$ 12 bilhões para o microempreendedor individual para financiamentos de pequenos valores como R$ 2 mil ou R$ 3 mil.

“No momento em que o emprego tem sido reduzido nós temos as pesquisas que dizem que 64% dos jovens sonham em ter um negócio próprio, então vamos em todas as ações do governo colocar ao lado de qualquer programa o microcrédito para quem dificuldade de arrumar emprego e quer fazer um empreendimento. Nós emprestamos dinheiro para ele realizar seu sonho. Os grandes empregos começam de pequenas empresas”, afirmou.

Com G1



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