Corinthians faz de pênalti no fim, bate Sport e seca Atlético-MG para ser líder
Futebol se joga com os pés, mas, em quatro dias, o Corinthians sorri graças às mãos. Se no último domingo o árbitro não deu pênalti na manchete de Uendel, no fim do clássico contra o São Paulo, nesta quarta-feira o paulista Luiz Flávio de Oliveira não perdoou o braço erguido de Rithely no cruzamento de Guilherme Arana: pênalti e gol de Jadson para decidir mais um grande jogo do Campeonato Brasileiro.
A vitória por 4 a 3 castigou a inesperada reação do Sport, protagonizada por Hernane Brocador, e deixou o Corinthians a uma derrota do Atlético-MG para assumir a liderança. Nesta quinta, o Galo receberá o Grêmio em casa. Se perder, a competição terá um novo primeiro colocado. O Timão voltará a campo domingo, fora de casa, contra o Avaí. O Sport receberá a Ponte Preta.
O primeiro tempo foi equilibrado. O Sport surpreendeu com marcação adiantada. O sufoco durou pouco e logo o Corinthians conseguiu se livrar. Quando ataca, a equipe de Tite é aquela que, de repente, surge na cara do gol. Foi assim, de Jadson para Elias, dele para Luciano, que, como diz o técnico, “cheira a gol”. O substituto de Vagner Love surgiu nas costas de Matheus Ferraz e deslocou Danilo Fernandes, de carrinho, esperto, preciso.
A vantagem no placar não refletia o campo. Por isso, rapidinho, André, bom centroavante deste Brasileiro, aproveitou cruzamento perfeito de Marlone e empatou. Com as linhas muito recuadas, o Corinthians viu o Sport ter domínio de meio-campo. Jadson e Diego Souza, destaques, os que mais armaram ofensivamente, arriscaram de longe. Danilo Fernandes e Cássio pegaram.
A partida se caminhava para o intervalo quando os meias protagonizaram um dos lances-chave do duelo. Jadson bateu escanteio e a bola desviou na cabeça de Diego Souza antes de sobrar para Luciano, sozinho, bem posicionado como de costume, fazer o segundo.
Tite não fez aquilo que, muitas vezes, reclamam. Na frente, o Corinthians retornou mais bem posicionado, adiantado. O Sport perdeu a liberdade para trocar passes e teve, no início, só uma boa chance de empatar. Até empatou, mas dessa vez André estava impedido. Bem anulado.
Malcom não estava impedido. O outro assistente também acertou ao deixar o jogo seguir quando o atacante recebeu longo lançamento de Jadson, dominou, invadiu a área, e teve o gostinho do gol tirado por Samuel Xavier, que bicou para trás e fez contra: 3 a 1.
O Sport não fazia mais nada. Parecia batido até dois atos: a entrada de Hernane Brocador no lugar de André o recuo errado de Guilherme Arana. O jovem lateral corintiano não achou Gil nem Cássio, mas sim o pé e a categoria do Brocador: bola por cima de Cássio.
E não seria a única brocada. Hernane recebeu cruzamento de Diego Souza, antecipou-se a Edu Dracena e: caixa! Um 3 a 3 inesperado, mas digno da valentia desse time do Sport.
Arana seria vilão. Seria… Até arrancar pela esquerda e jogar a bola na área. Antes de chegar ao alvo, ela desviou no braço de Rithely. Os pernambucanos reclamaram muito. Não é de praxe um árbitro apitar o jogo da equipe mandante. O paulista Luiz Flávio de Oliveira foi escalado como parte da tentativa da CBF de nacionalizar a arbitragem. Certamente, motivo para chiadeira extra.
Jadson, nada a ver com o assunto, bateu com precisão. O camisa 10 iniciou a jogada do primeiro gol, bateu o escanteio no segundo, fez o lançamento para o terceiro e marcou o quarto. Jadson levou o Corinthians à liderança, ainda que provisória.
Protesto contra veto de Dilma à emenda que garantiria 0,5% da cota de transmissão aos árbitros (Foto: Marcos Ribolli)
Com Globo Esporte
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