Vasco já tem 62% de risco de queda e precisa de aproveitamento de 50% a partir de agora para escapar
Caso seja possível considerar que algum jogador sobreviveu ao vexame da goleada sofrida para o Palmeiras, em São Januário, este alguém foi Jhon Cley, poupado das vaias da torcida. Mas a regalia parece ter afetado sua capacidade de análise. Nesta segunda, ele afirmou que, além de o Vasco não ter defeitos, ainda não chegou ao fundo do poço. A interpretação do meia cai por terra diante dos números alarmantes. O primeiro turno nem acabou e a máquina de calcular já entrou em ação. Hoje, o time já tem 62% de risco de rebaixamento — e vai precisar melhorar muito para sair dessa situação.
As contas são do matemático Tristão Garcia, famoso por seus cálculos de probabilidades no futebol. Segundo ele, os vascaínos já têm motivos de sobra para se preocupar com rebaixamento. Para escapar da terceira queda em sete anos, a equipe precisa de aproveitamento de pouco mais de 50% nas próximas 23 rodadas. Restam 69 pontos em disputa. Se faturar 35, chega aos 47 e se garante matematicamente na Série A.
— Não tem defeito do nosso time. Tem é que procurar matar mais as chances claras que tiver — disse Jhon Cley.
Atualmente, o time tem aproveitamento de apenas 27% dos pontos, muito abaixo do que precisa passar a ter para permanecer na Séria A. Desempenho influenciado pela pífia campanha como mandante: só oito pontos em oito jogos. Apenas o Joinville tem um aproveitamento pior como anfitrião do que os vascaínos.
— Não tem nada de fundo do poço — defendeu o meia, contrariando a declaração dada pelo técnico Celso Roth, após o jogo de domingo, de que o Vasco pior do que está não fica. — A gente está fechado, vai procurar evoluir, e somar pontos, o que é mais importante. A gente vai sair dessa com certeza.
Nesta terça, o time treina de manhã em São Januário. Em seguida, viaja para São Paulo, onde na quarta já enfrenta o Corinthians. O tempo — e os números — já não são mais aliados.
Com Globo Esporte
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