Papa pede preservação da Amazônia e cuidado com a ‘mãe Terra’
Depois de formular no mês passado uma encíclica cobrando uma ‘ação decisiva’ para conter o aquecimento global, o papa Francisco voltou a adotar o discurso verde nesta terça-feira. Em dois momentos durante sua viagem ao Equador, o pontífice pediu a preservação da floresta amazônica e o cuidado com a ‘mãe Terra’.
Em um encontro com organizações sociais em Quito nesta noite, Francisco destacou a importância da Amazônia para o ecossistema mundial e disse que a biodiversidade da floresta requer um “cuidado particular”. “O Equador, ao lado de outros países com áreas amazônicas, tem a oportunidade de exercer a pedagogia de uma ecologia integral”.
O papa também pediu a exploração responsável dos recursos da natureza. “A exploração dos recursos naturais, tão abundantes no Equador, não deve buscar benefício imediato. Ser administradores desta riqueza que recebemos nos compromete com a sociedade em seu conjunto e com as futuras gerações”, alertou ele.
‘Mãe Terra’ – Antes, durante uma reunião em Quito com professores e alunos da Pontifícia Universidade Católica do Equador, o Papa advertiu que “não podemos seguir dando as costas para a nossa realidade, para nossos irmãos, para a nossa mãe Terra”.
Francisco denunciou o dano ambiental e afirmou que o cuidado e a proteção do meio ambiente hoje “já não são uma mera recomendação, e sim uma exigência que nasce do dano que provocamos como causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus colocou na Terra”. “Esta Terra que recebemos como herança, como um dom, um presente, nos faz perguntar: como a queremos deixar?”, perguntou o pontífice.
Repressão – Em outro ato da viagem, Francisco visitou a igreja de San Francisco de Quito, na capital do Equador. No país do presidente Rafael Correa, responsável por um governo que frequentemente cerceia a liberdade de imprensa, Francisco pediu que as nações latino-americanas deixem de lado em suas leis qualquer tipo de repressão, controle ou diminuição de liberdades individuais.
“As normas e as leis, assim como os projetos da comunidade civil, têm de procurar a inclusão, abrir espaços de diálogo, de encontro e deixar para trás qualquer tipo de repressão, o controle desmedido e a diminuição de liberdades.”
O pontífice segue nesta quarta-feira para a Bolívia, segundo destino de sua viagem pela América do Sul. Francisco também vai visitar o Paraguai.
Com Veja
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