Análise: Neymar joga mal, perde a cabeça e Brasil sofre 1ª derrota da Era Dunga
Era inevitável. A “neymardependência” da seleção um dia seria testada de verdade. Digo isso, porque das vezes anteriores, ele estava vetado dos jogos. Não à toa, a invencibilidade do atacante do Barcelona era de 24 jogos com a camisa brasileira. Desta vez não. Ele esteve em campo e simplesmente esteve mal. Nada deu certo para ele.
O técnico Dunga cometeu o primeiro grande erro desde que reassumiu a seleção no ano passado. Na tentativa de dar mais mobilidade ao ataque, o treinador escalou Roberto Firmino junto com Neymar e colocou o astro da equipe como centroavante. Isolado e muito bem marcado, ele só aparecia na partida quando voltava para buscar jogo. Mas aí se perdia a referência na frente, já que Firmino não trocava de posição.
Aliado a isso, praticamente tudo que Neymar tentou deu errado. Perdeu bolas fáceis e, como as coisas não saiam como ele queria, foi perdendo a cabeça aos poucos. Ainda teve a participação do árbitro, que deu um amarelo injusto ao atleta.
E o resto da equipe?
Bom, sem a referência técnica do time, o nível caiu consideravelmente. E do outro lado estava um adversário bem postado e armado para matar o Brasil. Um time que soube dividir a responsabilidade entre as estrelas: James Rodrigues, Quadrado e Falcão García deram um baita de um trabalho ao sistema defensivo brasileiro. E mostrou como um setor de criação deve se portar: com velocidade, toques rápidos, dribles curtos e finalização certeira.
Nada disso foi feito pelo Brasil. Fred, William, Phelipe Coutinho… Nenhum deles consegue sair da sombra de Neymar e chamar a responsabilidade para decidir. No fim, ainda teve a expulsão, desta vez justa, do atacante do Barça. E a certeza de que nas próximas duas partidas, a seleção não poderá contar com ele.
Caso se classifique, existe a chance real de enfrentar Argentina ou Chile nas quartas-de-finais. E sem Neymar. Dunga vai ter que se reinventar.
Com Tabelinha E.C.
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