Publicado em: 12 nov 2013

‘Falta de limites’: Familiares de vítimas repudiam apoio a condutor que causou acidente no Bessa

1384272758746-fatima-e-raizaApós mais um caso de acidente de trânsito envolvendo álcool e direção neste domingo (10) que vitimou o construtor Bruno Fonseca, familiares de vítimas no trânsito foram a público para se solidarizar com a mãe e a esposa de Fonseca, Priscila Raquel de Melo, de 30 anos.

O ex-Policial Federal, Deusimar Guedes que teve sua filha morta no dia 16 de julho de 2011 e Ana Carla Lopes, filha da defensora pública Fátima Lopes, morta em 24 de janeiro de 2010 em acidentes parecidos com o que vitimou  Bruno pediram justiça, conscientização da população e repudiam apoio ao condutor.

Deusimar apontou que o grande problema dessa mistura mortal é a falta de limites que ‘começa em casa e vai desaguar numa sociedade violenta como temos hoje’.

“A sociedade não quer tomar as rédeas da situação. Ou dominamos essa droga ou iremos sobrar por essa omissão”, diz.

Ruy cobra maior fiscalização da Lei Seca após morte de empresário no Bessa

Construtor morre preso nas ferragens após ser atingido por veículo em alta velocidade em JP

Empresário acusado de matar duas pessoas em acidente de trânsito é condenado a 17 anos de prisão

Eduardo Paredes é condenado a 12 anos de prisão pela morte de Fátima Lopes

Em relação à campanha ‘força João’ que está sendo feita nas redes sociais, Ana Carla se revoltou, ressaltando que as pessoas deveriam ‘dar forças à mãe de Bruno e à viúva’. “Eu estava lá, vendo o sofrimento dela. Eles não sabem o tamanho da dor e só vão saber quando passarem um dia. Aí essa campanha ‘Força João’ acaba. A gente só sabe quando sente na pele. É revoltante”, reclama. João Paulo Barbalho Inácio da Silva é acusado de dirigir embriagado e causar o acidente que vitimou Bruno.

Deusimar também lamentou a campanha: “Eu perdi minha filha caçula que acabava de entrar na universidade, por um bêbado, criminoso de trânsito…”, diz. Para o pai, o sentimento de apoio ao condutor que causou o acidente se dá por questões financeiras. “Porque tem dinheiro acha que é menos grave. Esse que bateu é advogado, eu também sou, mas jamais vou defender. Mesmo um pai não pode defender um filho se ele for culpado. Essa falta de freio e limites começando em casa vai desaguar numa sociedade violenta como temos hoje”, reclama.

O psicólogo Augusto Vaes ratificou a falta de limites apontada por Deusimar. “O ato causado por ele (João) não é justificável. Entendo que o João nesse momento está sofrendo”, conta. “Ele infringiu diversas leis, a placa de PARE, a alta velocidade em rua de calçamento, a negação da proibição de beber ao dirigir. Quando você infringe isso, mostra que você tem ausência de limites na vida”, explica.

Com informações da Rádio CBN João Pessoa.

 

Marília Domingues




Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

O que achou? Comente...