Publicado em: 6 abr 2015

Dilma empossa ministro e assegura continuidade de programas do MEC

O professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) Renato Janine Ribeiro tomou posse nesta segunda-feira (6) como novo ministro da Educação. No evento, a presidente Dilma Rousseff discursou e disse que a necessidade de ajustes fiscais por parte do governo não vai prejudicar programas da área de educação, como o Fies.

A escolha de Janine para o MEC foi anunciada há pouco mais de uma semana e elogiada por acadêmicos, parlamentares e ex-ministros que chefiaram a pasta.

Janine Ribeiro assume o ministério no lugar de Cid Gomes, que pediu demissão após conflito com deputados em sessão da Câmara. Na ocasião, o ex-governador do Ceará disse que parlamentares “oportunistas” deveriam sair do governo, episódio classificado como “incidente político grave” pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

A cerimônia de posse do novo ministro da Educação ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília. Esta foi a terceira troca no primeiro escalão do governo desde o início do segundo mandato da presidente Dilma. Em fevereiro, Roberto Mangabeira Unger assumiu o comando da Secretaria de Assuntos Estratégicos no lugar de Marcelo Néri e, na semana passada, Edinho Silva passou a chefiar a Secretaria de Comunicação Social e substituiu Thomas Traumann.

No discurso no evento, Dilma disse também que a ida de Janine para o Ministério é uma “feliz novidade” e que a escolha do nome dele traduz “em simbolismo” a prioridade que o governo dá para a área da educação.

“Para consolidar a construção do desafio de uma pátria educadora […] eu convidei um professor, um apaixonado pela educação. Renato Janine Ribeiro é uma feliz novidade”, afirmou Dilma. “Ele é um ministro educador em uma pátria educadora. […] Sua escolha traduz em simbolismo minha maior prioridade nesses quatro anos.”

Programas ‘essenciais’ do MECAo longo dos cerca de 20 minutos de discurso, Dilma defendeu a necessidade de promover ajustes fiscais na economia brasileira para tentar tirar o país da crise, mas garantiu que os principais programas na área de educação não serão alvo dos cortes de despesas. Ela também acrescentou que o governo continuará a ampliar a oferta de ensino em tempo integral, sobretudo em áreas com maior incidência de violência.

“Eu garanto que a necessidade imperiosa de promover avanços na economia, com corte de gastos, não afetará os programas essenciais e estruturantes do Ministério da Educação”, disse.

A presidente ressaltou ainda que não haverá recuo na política de garantir acesso ao ensino superior nem na de concessão de bolsas para universitários fazerem intercâmbio no exterior. Conforme a petista, o programa Ciência Sem Fronteiras continuará levando jovens “a estudar nas melhores universidades do mundo”.

Em relação ao Fies, Dilma afirmou que “terá continuidade”, com ganho de qualidade e mais controle pelo estado, o programa de financiamento estudantil do governo federal. Embora estudantes estejam enfrentando dificuldades para renovar os contratos do Fies, a presidente assegurou que todos os contratos existentes até 2014 estão sendo renovados.

“Se somarmos contratos do Fies às novas bolsas do ProUni e aos aprovados no Sisu, apenas nos primeiros três meses de 2015 propiciamos o acesso de 628 mil brasileiro ao ensino superior”, declarou.

A chefe do Executivo também garantiu que o governo manterá a meta de universalizar o acesso das crianças de 4 e 5 anos à escola até 2016, conforme prevê o Plano Nacional de Educação. “Vamos continuar ampliando oferta de ensino em tempo integral, sobretudo nas áreas com maior incidência de violência”, acrescentou.

Portal do Litoral PB

Com G1



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