Ator de ‘Harry Potter’ anuncia que deixará os palcos por não conseguir mais lembrar suas falas
“É uma coisa horrível admitir, mas não posso mais fazer isso. Isso parte meu coração”, disse Gambon a “The Sunday Times Magazine”.
Segundo o ator, ele percebeu que seu tempo à frente de uma plateia ao vivo acabou depois de uma audição para uma nova peça no teatro West End, durante a qual uma menina nos bastidores teve de ler suas falas para ele. Na ocasião, o ator foi substituído por Richard Griffiths, que trabalhou com Gambon na saga “Harry Potter” e fazia o papel do tio de Harry, Valter Dursley.
Desde então, os únicos papéis que ele pôde interpretar nos palcos foram pequenas participações com uma ou duas citações.
“Você sabe, o tipo de parte onde ele vem e diz algumas palavras”, disse ele. “Um papel que é executado para gerar risos – como quando o telefone toca e ele não sabe onde ele está.”
Em situações anteriores, Gambon chegou a falar sobre estar em fase de testes para saber se tinha Alzheimer. No entanto, após uma segunda opinião produzir resultados negativos, se tornou evidente que seu problema se devia ao processo natural de envelhecimento.
Gambon se tornou conhecido ao estrelar, em 1986, o drama policial da BBC “The singing detective”. Após a morte de Richard Harris, em 2002, ele assumiu o papel do diretor de Hogwarts, Dumbledore, em “Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban”, terceiro filme da franquia .
“Richard Harris tinha acabado de morrer e eles (os produtores do longa) me abordaram e eu decidi interpretá-lo com um sotaque irlandês elegante, um pouco como Harris,” relembrou. “Eu nunca tinha visto nenhum dos filmes anteriores, mas trabalhar na série foi muito divertido – e muito lucrativo.”
Longe dos palcos, Gambon ainda tem – para alívio dos fãs e órfãos do grande bruxo – um tempo restante na telinha. Em 15 de fevereiro, ele estreia como Howard Mollison na minissérie da BBC “The casual vacancy”, inspirada no livro “Morte súbita” da também autora de “Harry Potter” J.K. Rowling.
Com O Globo
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