População de Pilões sofre com falta d’água e pede providências ao governador
A população de Pilões, município da microrregião do Brejo paraibano, voltou a sofrer com a falta d’água. Moradores denunciam que há mais de 15 dias o líquido não chega às torneiras, e que nas áreas mais altas a situação é ainda pior.
Um protesto realizado nessa quinta-feira (22/1), em frente à sede da Cagepa local, organizado pelo Movimento Pilões Cidadania (MPC), expressou a inquietação dos habitantes.
As informações são de que o problema vem se arrastado desde 2013, quando o MPC, que atua em conjunto com a Igreja Católica, questionou na Justiça a constante falta d’água e identificou que a barragem, que abastece a cidade, não tinha condições de acumular água “por causa da inoperância da Cagepa”.
Após várias reuniões e audiências, no início de 2014, a população conseguiu o direito de não pagar a taxa de água enquanto uma solução fosse formalizada junto ao juiz. Também foi aplicada multa diária à Companhia de Água e Esgoto até que ocorresse uma providência definitiva.
Populares afirmam que no início o governo do estado encaminhou uma máquina para fazer os reparos na barragem. “Diante da complexidade da obra e com um equipamento insuficiente, o serviço foi abandonado sem que houvesse nenhuma explicação”, reclamam.
Moradores comentam que, com a represa destruída, o governo prometeu construir uma adutora com a finalidade de transferir água da vizinha cidade de Areia para o município de Pilões, mas ainda falta uma confirmação oficial.
O MPC sugere que o governo encontre uma solução urgente para sanar a questão, e avisa que se for o caso vai organizar os pilonenses para ocupar a sede da Cagepa em João Pessoa, e até bloquear as estradas, tudo para chamar a atenção das autoridades.
O monge da Igreja Católica, conhecido por Deda, que lidera o MPC, destaca que a causa já ganhou apoio de empresários da região, do bispo da Diocese de Guarabira, dom Lucena, e de diversas representações do município. “O que está faltando é o engajamento dos políticos na luta”, cobrou.
Deda informa que a maioria dos funcionários da Cagepa, lotados na cidade, foi transferida para executar serviços em localidades vizinhas, visto que os serviços no escritório da companhia do município estão parados. “Apenas três trabalhadores permaneceram”.
Assessoria MPC
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