Restaurante do Hotel Tambaú é fechado por jogar esgoto no mar
O restaurante do Hotel Tambaú, um dos mais famosos cartões postais de João Pessoa, foi embargado pela Prefeitura da capital por despejar esgoto in natura (águas usadas na cozinha e lavagem de roupa) no mar, o que é proibido por lei. O Hotel também foi multado em R$ 90 mil por estar com a licença ambiental vencida.
O embargo foi feito por uma equipe de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente (Semam), que estava atuando na Operação Verão junto com a Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur), a partir de denúncias anônimas feitas por hóspedes e moradores do bairro.
A secretária de Meio Ambiente da capital, Daniella Bandeira, relatou que, assim que foram recebidas as reclamações, a equipe de fiscalização da Semam foi até o local no sábado (3) e constatou o crime ambiental e o documento em atraso.
Daniella ressaltou que os fiscais da Semam também fizeram uma nova visita às dependências do estabelecimento no domingo (4) para verificar se as medidas de embargo estavam sendo cumpridas.
Hotel contesta informações
As informações da Semam foram contestadas pelo Hotel Tambaú. De acordo com o gerente do estabelecimento, Fernando Sousa, o restaurante nunca foi fechado. Ele garantiu que o embargo da Secretaria foi em uma área do hotel onde era estava sendo servido apenas o café da manhã. “O restaurante está funcionando normalmente”, afirmou.
Fernando confirmou, no entanto, que a água do hotel estava sendo despejada no mar. “Estava escorrendo um pouco de água, mas a equipe de manutenção já corrigiu esse problema”, disse. O gerente destacou ainda que vai procurar a Semam para discutir a questão da multa.
A secretária Daniella Bandeira disse que se o restaurante estiver de fato funcionando, o Hotel Tambaú está descumprindo a determinação da prefeitura. Conforme a Semam, até o início da tarde desta quinta-feira (8), nenhum representante do Hotel Tambaú procurou a Secretaria para cumprir os ritos legais e as medidas saneadoras necessárias.
A Semam também informou que não há possibilidade rever a multa de R$ 90 mil pelo crime ambiental cometido pelo hotel.
Jornal da Paraíba
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