Publicado em: 8 jan 2015

Polo cimenteiro, indústrias e instalação de resorts devem impulsionar litoral sul

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O litoral sul da Paraíba deve ganhar um novo incremento com a instalação em breve de novas indústrias do polo cimenteiro, ligado a Votorantim, e de industrias de autopeças, ligadas a Fiat. As empresas devem se instalar no Distrito industrial de Caaporã, que já está em construção. Outra área que deve ter grande impulso, agora na região do Conde, será a hoteleira com a construção de três resorts de luxo e cinco loteamentos.

Em Caaporã será construído um condomínio logístico as margens da BR-230 colado ao posto fiscal, o grupo é quase todo de Recife e deve abrigar fábricas que darão apoio a montadora da Fiat – a montadora será construída na divisa da Paraíba com Pernambuco. Para se ter uma idéia da obra, serão 90 hectares para a construção só de um galpão para o pessoal fazer carga e descarga. A informação é do consultor ambiental Rodrigo Nogueira Cavalcante, presidente da Real Consultoria.

Ainda estão previstas as construções de um ou dois hotéis e 151 hectares para um condomínio logístico e mais 150 hectares para a área industrial em si. O projeto foi feito pela Cinep, revelou Cavalcante.

O polo industrial não está só ligado a autopeças, mas também há indústria ligada ao setor cimenteiro, com empresas que irão fornecer material para queima nos fornos de cimento e farão manutenção para a indústria da Votorantim – a projeção é tornar a Paraíba segundo maior fornecedor de cimento do país.
Poluição – Questionado sobre o nível de poluição que industrias de autopeças e de cimento podem causar, Cavalcante explica que quando foi feito Ia-Rima – relatório ambiental exigido por lei – nenhuma indústria que iria se instalar lá era grande poluidora.

“Não vai ter indústria química, têxtil, não vai ter nenhuma indústria que vai ter grande geração de efluentes (dejetos líquidos). Todas essas indústrias vão ser obrigadas a passar por um novo licenciamento. Apesar da área estar licenciada como distrito industrial, toda a indústria que for se instalar vai ter que apresentar as soluções para emissão de partículas, como poeira, fumaça e para efluentes líquidos”, frisou.

No entender do consultor, se as indústrias gerarem efluentes líquidos, serão numa quantidade menor, mas mesmo assim elas serão obrigadas a dar o tratamento correto para o material. “Se for líquido vai colocar um estação de tratamento compacto, se for poeira vai ter que colocar filtro na chaminé. O controle lá está muito rigoroso, até mesmo porque lá é um divisor de águas. O distrito foi projetado para não afetar o estado de Pernambuco”, explica.

Segundo o Cavalcante o distrito industrial está sendo instalado na Paraíba porque Pernambuco quis minimizar os riscos ambientais no seu próprio estado, e também por isso o órgão licenciador paraibano optou para que toda a indústria que for se instalar deve se licenciar novamente para ter uma segunda segurança. Além do que já foi projetado no distrito.

A idéia é que as indústrias do distrito industrial tenham uma gestão pactuada, onde pagarão um condomínio, que fará a fiscalização interna. As empresas bancarão a segurança e manutenção das ruas. “Vai ter a gestão correta de resíduos sólidos, com baias para colocar plástico, ferro, papel, tudo separado. Serão uma sérei de regras, uma delas é o licenciamento em dia”, pontuou.
O investimento total, apenas para construção da infraestrutura do Distrito Industrial é de cerca de R$ 30 milhões. A obra parece que anda rápido, já está sendo feito o saneamento e pavimentação da principal avenida.

No Conde – Os investimentos não param por aí. Na cidade do Conde, indo mais para o litoral. também serão feitos dois investimentos de grande monta: cinco loteamentos e três resorts, a Reserva Garaú. Ao ser anunciada reserva também chegou a deixar ambientalistas da area de Tambaba preocupados com o possível desmatamento. As discussões ainda acontecem.
“O investimento será de um grupo de Fortaleza, um empreendimento que pretende construir cinco loteamentos e três resorts de alto luxo, próximo a Tambaba. O investimento deve ultrapassar os R$ 300 milhões, numa área de mais de 298 hectares”, ressalta Cavalcante.

 

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Fonte: Outras Linhas




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